27 May 2024
> Eduardo Costa
“Os portugueses são os europeus que têm uma imagem mais positiva da União Europeia”. Este foi o resultado do ‘Eurobarómetro’ publicado na semana passada. Reconhecemos assim o fundamental papel que a União Europeia representa para a melhoria do país e da qualidade de vida de cada um de nós. Há a consciência coletiva de que “Portugal é, em toda a União Europeia (UE), o país que mais depende dos fundos comunitários para investir (88% de todo o investimento público em Portugal advém de fundos comunitários)”.
Em suma, somos ‘eurodependentes’.
Cinco anos da totalidade de impostos arrecadados pelo estado. Este é aproximadamente o montante que a União Europeia destinou a Portugal para o nosso desenvolvimento.
Acessibilidades, agricultura, indústria, formação profissional, educação, modernização das infraestruturas, rodoviárias, ferroviárias. Apenas alguns dos benefícios dos dinheiros europeus.
Apesar das reconhecida falhas e erros, dos desvios, da corrupção há um resultado muito positivo que é bem visível.
O investimento europeu foi essencial para ultrapassarmos o problema crónico e grave que Portugal tinha quando em 1986 aderiu à então CEE: a altamente deficitária balança comercial. Importávamos muito mais do exportávamos. Ora, em 2013, com a Troika à perna, o saldo da balança comercial de bens e serviços foi positivo pela primeira vez em 70 anos. Hoje exibimos com orgulho uma balança comercial positiva.
Este ‘milagre’ teria acontecido sem estarmos integrados na União? Claro que não. Todos o sabemos. Mas, justiça seja feita, mostramos que somos um povo que reconhece esta realidade. Um povo grato, sério e confiável.
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Ass. Nacional da Imprensa Regional