17 Mar 2023
Painel 'Posicionamento num mundo em mudança' no XI Congresso Internacional de Moldes
Paulo Portas foi um dos oradores convidados pela CEFAMOL, para intervir no XI Congresso da Indústria de Moldes, que decorre hoje e amanhã, 17 e 18 de março, em Oliveira de Azeméis. 'Posicionamento num mundo de mudança' foi o painel moderado pelo ex-líder do CDS-PP, onde foi deixado o alerta para o elevado nível de "regulação e tributação que a Europa impõe ao capital e investimento".
Numa fase do discurso, em que Paulo Portas realçava a importância da competitividade, o orador acusou a Europa “de ser demasiado reguladora e tributa demais o capital e o investimento. A Europa tende a culpar o mundo, mas na verdade nós criamos o nosso próprio déficit competitivo”.
“Fragmentação da globalização preocupa Paulo Portas”
"Fragmentação é uma espécie de regionalização da globalização. A ideia de que nós devemos fazer negócios com os nossos aliados e não com os nossos clientes. Isto não é conveniente para a Europa. Primeiro porque muitas vezes os meus maiores competidores são os meus aliados. Segundo porque perco oportunidades". Foi a preocupação mais vincada que Paulo Portas deixou aos mais de 400 congressistas presentes.
No seu discurso, Paulo Portas começou por realçar a necessidade de aprender a lidar com aquilo que já sofremos: "o fator imprevisível. Há uma dose elevada de imprevisibilidade no panorama internacional". Continuou explicando que "há um enorme equívoco de que a crise global é uma crise simétrica". Paulo Portas prosseguiu explicando as diferenças sentidas pelas três grandes economias mundiais, Estados Unidos da América, China e União Europeia", em momentos chaves dos últimos três anos. Explicou, de forma detalhada, a forma como cada uma das economias reagiu ao período pandémico e à Guerra na Ucrânia. No caso da Guerra da Ucrânia "os impactos da guerra são maiores na Europa porque é importadora líquida de energia". Na perspetiva nacional, Paulo Portas realçou que "Portugal diminuiu a sua dependência face à Rússia. A Rússia terá muito menos dinheiro europeu no seu tesouro".