“Fábrica do Futuro” será ponto de viragem

A formação especializada e a ligação entre instituições de ensino, centros de investigação e empresas são fatores decisivos para o futuro industrial de Oliveira de Azeméis. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, numa entrevista onde destacou o papel estratégico da Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) e dos centros de formação na capacidade competitiva do setor dos moldes.
Segundo o autarca, estas entidades asseguram não apenas a qualificação técnica necessária para acompanhar a automação e os novos processos produtivos, mas funcionam também como motores de inovação. “A articulação entre ensino superior, investigação e empresas permite desenvolver projetos, testar soluções e acelerar a transferência de conhecimento”, afirmou o edi oliveirense, sublinhando que esta dinâmica contribui igualmente para fixar talento no território.
Joaquim Jorge reconhece que o reforço das ligações entre escolas, empresas e entidades de I&D continua a ser um desafio estratégico para o concelho. Nesse sentido, destaca a Fábrica do Futuro como um ponto de viragem, criando canais permanentes de colaboração. Paralelamente, defende o fortalecimento de estruturas como incubadoras, clusters e centros de inovação, que aproximem academia e indústria de forma prática. O município, garante, continuará a assumir um papel facilitador na captação de fundos, na simplificação de processos e na criação de incentivos.
A Semana de Moldes 2025, que terá parte das suas iniciativas em Oliveira de Azeméis, é apontada pelo presidente como uma oportunidade para projetar o concelho. A realização do seminário “Tech i-9”, dedicado a temas como inteligência artificial, eficiência e inovação, representa, segundo o autarca, um sinal claro de ambição. “É mais do que uma data no calendário; é a afirmação de um compromisso coletivo com o futuro”, afirmou.

Museu da indústria dos moldes é “ideia alinhada com o trabalho já em curso”
Do ponto de vista económico, Joaquim Jorge acredita que o evento irá dinamizar o tecido empresarial, estimular parcerias e reforçar a visibilidade internacional do concelho como polo de excelência tecnológica. Ao mesmo tempo, funcionará como montra do dinamismo e da capacidade inovadora das empresas locais, fortalecendo a sua atratividade para investidores e profissionais qualificados.
Sobre o desafio lançado por Carlos Silva, administrador da Moldoplástico, para a criação de um espaço museológico dedicado à Indústria dos Moldes, o autarca considera a ideia pertinente e "alinhada com o trabalho já em curso". O município, recorda, tem desenvolvido parcerias com a ESAN e com empresas locais para articular a tradição vidreira com a evolução tecnológica do setor. “Queremos valorizar esta memória e a capacidade empreendedora que moldou o nosso território”, garantiu.
Joaquim Jorge deixa ainda uma mensagem aos empresários e profissionais que participam na Semana de Moldes 2025, destacando o contributo de todos para a projeção do nome de Portugal no mundo. Reafirma, por fim, o compromisso municipal com a competitividade, a formação e o desenvolvimento sustentável da indústria local.