15 May 2022
Depois do empate a uma bola no final de duas horas de jogo, a decisão foi para as grandes penalidades e o Torreense foi mais eficaz
O Estádio Nacional foi o palco da grande final que opôs o Torreense à Oliveirense e que decidiu o primeiro campeão nacional da Liga 3. Após um jogo equilibrado e de um prolongamento que não desfez a igualdade a uma bola, o vencedor foi encontrado nas grandes penalidades e aqui a sorte sorriu aos homens de Torres Vedras.
Ana Catelas
Numa final entre duas equipas que já tinham garantido a subida à Liga 2 – a Oliveirense regressa uma época depois da despromoção enquanto o Torreense está de volta 24 anos depois da última presença -, a formação de Torres Vedras, treinada pelo cucujanense Nuno Manta Santos, foi mais feliz na marcação das grandes penalidades. A Oliveirense esteve em vantagem no jogo com um golo apontado por Jaiminho, quase em cima do intervalo, na marcação de uma grande penalidade, depois de uma primeira parte equilibrada.
Na segunda parte, a Oliveirense esteve mais perto de dilatar a vantagem, mas Duarte Duarte e João Paredes falharam as oportunidades criadas e ao minuto 78 o Torreense chegou ao empate com um grande golo de Mateus na marcação de um livre direto. Com o empate a prevalecer no final dos 90 minutos e também no prolongamento, a decisão foi para as grandes penalidades. A Oliveirense foi a primeira equipa a marcar e Bruno Sousa permitiu a defesa de Guilherme Oliveira, lançado no jogo aos 120 minutos para esta fase decisiva. O Torreense foi mais eficaz e não falhou nenhum dos penáltis, acabando por levantar a taça de campeão da Liga 3 no Jamor.
"Tristes mas conscientes que demos tudo para honrar a camisola da Oliveirense"
No final, o treinador da Oliveirense afirmou que a sua equipa foi a “mais perigosa” durante todo o jogo e reconheceu que o empate foi “um grande golo” apontado por Mateus na marcação de um livre direto. Fábio Pereira lamentou a falta de sorte no momento das finalizações. “Não fomos eficazes nas situações em que criámos perigo e fomos infelizes nos penáltis. O Torreense foi eficaz e dar os parabéns ao Torreense porque fica na história da Liga 3 como o vencedor”, salientou o treinador unionista. “Nós temos de continuar orgulhosos pelo trabalho que fizemos, damos os parabéns aos nossos adeptos que foram incansáveis e deslocaram-se em grande número ao Jamor”, continuou Fábio Pereira, admitindo que toda a equipa está “triste”, mas “conscientes que demos tudo para honrar a camisola da Oliveirense e cá estaremos para continuar a dar alegrias no futuro”.