14 Nov 2023
António Magalhães
A inauguração do Teatro Municipal de Oliveira de Azeméis constituiu momento alto da história da nossa cidade, do nosso concelho, da nossa região. Passámos a dispor de uma casa de espectáculos, que será também uma casa da cultura, versátil, dotada de todos os avanços das mais avançadas tecnologias.
Congratulemo-nos com isso.
Registe¬-se o facto de, neste sector, a nossa vila de então ter estado sempre na vanguarda. Desde o velho Teatro da Feira dos Onze, que poucos recordarão, depois o Avenida-Cine, pelo arrojo de António José Pinto e Antero Silva, mais recentemente o Cine-Teatro Caracas, pelo bairrismo de José Ferreira Pinto, filho de Ul.
Ao Cine-Teatro Caracas, na dianteira com a exibição das mais recentes produções cinematográficas, e a cujo palco subiram os mais consagrados artistas, ficará para sempre ligado o nome do Arquitecto Gaspar Domingues, que, não sendo oliveirense pelo berço, foi-o pelo coração, servindo apaixonadamente as nossas instituições sem quaisquer contrapartidas.
À sua arte se devem, para além do referido Caracas, emblemáticos projectos, tais como o Dighton, com o arrojado giratório, a Estalagem de São Miguel, a Biblioteca Ferreira de Castro, em Ossela, as Piscinas de La Salette, os pavilhões novos do Colégio, até mesmo residências familiares ainda hoje apreciadas pelos olhares mais exigentes.
De louvar, assim, o momento consagrado à sua memória na inauguração do novo Teatro Municipal, a glorificação da sua vida e da sua obra. Que devem ser recordadas aos mais velhos e ensinadas aos mais jovens.
(Escrito de acordo com a anterior ortografia)