Grupo Musical  em tempo de aniversário

Opinião

> Macinhata da Seixa

Prof. António Magalhães

Será impossível determinar, com exactidão, a data do nascimento do Grupo Musical Macinhatense. Mas sabe-se que numa das típicas rifas de aldeia, em Vilar, Lutovi da Silva, um humilde macinhatense, com graves deficiência de visão, nascido em pobre casa da Fonte do Carvalho, seria contemplado com um já cansado violino, que lhe despertaria a inata paixão pela música. De pronto se lhe juntaram outros amantes da mesma arte, e todos, animados, ergueram modesta orquestra aldeã, que terá sido, em verdade, a génese do Grupo Musical Macinhatense. 
O dinamismo gerado viria a impor a aprovação dos estatutos pelo Governador Civil de Aveiro, em 1944, e aí ficou instituída a data de 7 de Março de 1935 como momento do nascimento oficial. No entanto, Fernando Bastos, um dos notáveis do Grupo, escreveu na primeira acta que seria de considerar o ano de 1933 como o tempo em que o Grupo teve já características de associação, com órgãos sociais aprovados: Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal.
Recordar os grandes do Grupo é tarefa ingrata, face ao inevitável risco de graves e injustas omissões. No entanto, as minhas já longas vivências permitir-me-ão, talvez, destacar Adelino Ferreira, Professor Rafael Godinho, Major António Vaz e António Soares de Pinho. Dos dois primeiros todos conhecem acção e a paixão; o Major Vaz, genro de Alexandre Barbedo, grande amigo de Macinhata, foi figura institucional que sempre repartiu um vasto prestígio com o Grupo. 
De António Soares de Pinho poderá dizer-se que, sem ele, o Grupo poderia ter morrido logo à nascença. Após a instalação em vários e autênticos pardieiros, sem o mínimo de condições, não hesitou em encetar o quintal, no mais privilegiado espaço da aldeia, frente à única estrada de então. Justíssima, pois, a evocação da sua generosidade… de modo particular quando o reconhecimento é estado de alma a caminho da extinção.
Para a história ficará que o Grupo Musical foi a primeira instituição do género, no concelho, a possuir sede própria. 
(Escrito de acordo com a anterior ortografia)

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