5 Feb 2024
Nelson Alves *
Recentemente foi colocado um cartaz da Concessionária “Auto-Estradas do Douro Litoral” na Zona Industrial de Santiago de Riba-Ul, para incentivar as pessoas a usarem mais a A32, para fugir à confusão do trânsito.
É verdade, de facto a A32 é uma alternativa à A29, à A1 e à EN / IC1. Só que estamos a falar de uma auto-estrada caríssima, mas relativamente curta em termos de extensão (apenas 34 kms), geralmente com pouco tráfego nos dois sentidos.
Fica caro ir e voltar de carro, desde Ossela até Gaia: 6,80€ na categoria 1 ou 11,70€ na categoria 2, numa viagem de ida e volta. Provavelmente por esse motivo, as pessoas que, estando na Zona Industrial de Santiago de Riba-Ul, mesmo se virem o referido cartaz, vão provavelmente optar mais depressa pela A1 em vez da moderna A32, mesmo tendo em conta a confusão que há nos acessos, sobretudo na zona de Santa Maria da Feira.
Quando se governa um país, a responsabilidade é muito grande e pode-se por vezes cometer erros. Não seria justo estar a avaliar neste artigo as decisões tomadas por José Sócrates, sem se desconfiar das verdadeiras motivações do ex-Primeiro-Ministro Socialista. No entanto, e partindo do pressuposto de que aquela via estruturante até dá mesmo jeito ao país e à região, tal como outras auto-estradas que foram construídas naquela altura, resta-nos perguntar: será que o dinheiro pago por todos os contribuintes está a ter o retorno esperado?
Será que, se em vez de se ter construído essa Auto-Estrada e se tivesse optado por uma alternativa a sério à Linha do Vouga, a nossa região não estaria melhor servida em termos de oferta e diversidade de transportes?
Até ao dia das eleições legislativas, os liberais irão sempre apelar a cada eleitor para pensar bem, e pensar no seu próprio bolso. Será que as decisões do Partido Socialista ajudaram a nossa região a desenvolver-se em todo o seu potencial?
* Candidato da IL de Oliveira de Azeméis pelo círculo de Aveiro nas Eleições Legislativas 2024