Impedidos de fazer o nosso trabalho

Debates - Politicamente Correto Bilhete Postal

Foi dia de eleições. Desde cedo pudemos ver em direto nas tevês os candidatos a exercer o seu direito de voto. A comunicação social presta, assim também, um serviço à democracia.

A AZEMÉIS TV nestas eleições decidiu fazer um esforço para melhorar o serviço público que presta e levar aos oliveirenses essa tradição das televisões nacionais. 

Não esperávamos que os nossos profissionais fossem impedidos em algumas freguesias. 

Vamos agir, pois temos o dever de pugnar pelo respeito à liberdade de imprensa, criada para defender o jornalismo livre, precisamente destes abusos de quem exerce o poder. 

Acredito que seremos apoiados neste combate pelos democratas do nosso concelho. Sem assobiar para o lado. A democracia deve prevalecer. 

Eduardo Costa, Diretor 

Aqui quem manda sou eu, o presidente da junta, que diacho! 
“O ambiente aquece muito”. Foi assim que um distinto amigo comentou as eleições autárquicas..
No meio disto está a imprensa. Mesmo séria e cumprindo as regras, não deixa de ver-lhe atribuídos ‘rótulos’.
Sofre também a imprensa (local) de abusos de poder nestes atos eleitorais. Que, estranhamente, as mais das vezes vêm de ‘autoproclamados’ bastiões da defesa da democracia. Numa visão periférica e enviesada. 
Por exemplo, o daquele presidente da junta que proibiu um jornalista de aceder às secções de voto. Arranjou uma leitura própria das regras. Mesmo perante os canais de televisão nacionais que acompanhavam a votação nas mesas de voto, e assim com mais motivos para conhecer a factualidade, vai daí lembrou-se que na ‘sua’ freguesia os jornalistas não podiam aceder às secções de voto. Perante a proteção bem definida na Lei de Imprensa, o jornal exerceu o seu direito de recorrer às autoridades policiais, que prontamente agiram. Protegendo corretamente os direitos dos jornalistas.  
Portanto, na ‘visão esclarecida’ deste autarca, a decisão de permitir que um jornalista faça o seu trabalho tem de ser autorizada por um político eleito. Na interpretação paroquial da lei. 
Quo vadis liberdade de imprensa ou ‘essa coisa’ chamada democracia. Qual Lei de imprensa, que  protege os jornalistas de abusos do Poder!
oss“Aqui quem decide sou eu, o presidente da junta! Era lá o que faltava ‘estes’ indivíduos, que só por serem jornalistas, acham que podem aceder às secções de voto! Quem manda aqui sou eu!”. Assim deve ter pensado o ‘distinto’ autarca. 
A democracia tem ainda um longo caminho a percorrer.  


 Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional 
 

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