Incêndios provocam confronto de posições

Reuniões de Cãmara e Assembleia Municipal

PSD questionou de que forma as vítimas devem proceder para reclamar as perdas

Os incêndios que assolaram Oliveira de Azeméis e a região foram motivo de discussão na última reunião do executivo camarário, no qual a vereadora do PSD, Carla Rodrigues, começou por “lamentar profundamente” todas as vítimas destes incêndios, e questionou de que forma é que estas mesmas vítimas serão orientadas por parte da câmara municipal, que “até ao momento a maioria não foi contactada, não têm nenhuma informação e precisam de começar a reconstruir a sua vida”, referiu a vereadora.

Rui Luzes Cabral, que presidiu a esta reunião de câmara devido a ausência do presidente Joaquim Jorge, começou por confirmar, tal como já tinha noticiado o Correio de Azeméis na edição anterior, que a câmara tem andado no terreno com uma equipa multidisciplinar criada com o propósito de averiguar as diversas questões ligadas ao incêndio. Esta envolve a Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal, Divisão de Obras, o Ambiente e as juntas de freguesia. “Já fomos ao terreno com técnicos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR); reunimos com o ministro da Coesão Territorial e refletimos em conjunto sobre aquilo que consideramos ser necessário fazer e reforçar; já foi também anunciado pelo governo que dos 500 milhões [que servirão de apoio às zonas afetadas], serão disponibilizados rapidamente 100 milhões para apoiar todas as pessoas que sofreram. Portanto, não se pode colocar o ónus na câmara municipal, quando fomos de facto um parceiro ativo e interessado para que tudo corresse bem”, argumentou.

Considerando que Rui Luzes Cabral não respondeu à sua questão, a vereadora social democrata, Carla Rodrigues, voltou a questionar. “Uma pessoa que tenha perdido os seus bens deve dirigir-se à câmara? Deve dirigir-se a algum balcão criado? Deve esperar que as equipas da câmara a vão contactar a casa? As pessoas pedem informação, o que é que estas devem fazer neste momento?”  

O presidente em exercício retorquiu com outra questão: “Onde é que a câmara municipal falhou na ajuda e combate aos incêndios? (…). Passado meia dúzia de dias da tragédia em que já reunimos com várias entidades, já formamos uma equipa e estamos no terreno, além disto, o que é que queria que lhe trouxéssemos aqui? (…) Dando a ideia que nós não temos, depois destes dias, andado no terreno para apoiar as pessoas”, apontou.
Continuando a não a aceitar a resposta, Carla Rodrigues recalcou: “A questão que eu fiz é muito clara. Uma vítima o que é que pode fazer neste momento? Espera? Dirige-se à câmara? As pessoas estão à espera de uma orientação.”

“As pessoas estão à espera de uma resposta da câmara, ou, das entidades competentes, assim, como estiveram à espera na altura do COVID e de outras tragédias que existiram. A câmara, juntas de freguesia e o governo têm estado sempre à altura de as ajudar”, respondeu Rui Luzes Cabral, que foi interrompido por Carla Rodrigues que atirou que o mesmo “não tem uma resposta [à sua questão]”.

Rui Cabral rematou novamente: “Que resposta é que quer? Se lhe estou a dizer que no dia a seguir aos incêndios terem terminado nós fomos para o terreno, criamos uma equipa e recebemos as entidades governamentais, o que é que queria mais? Que já estivéssemos a entregar alfaias agrícolas às pessoas? (…). Os munícipes contactam a câmara de diversas formas seja no GAM (Gabinete de Apoio ao Munícipe), seja através do executivo e também através desta equipa que está no terreno nas zonas mais afetadas”, concluiu.
 

INDAQUA vai isentar a fatura de água dos munícipes das freguesias afetadas pelos incêndios
A informação foi avançada pelo vereador Hélder Simões que explicou que os munícipes das freguesias afetadas pelos incêndios serão isentados pela INDAQUA do consumo excessivo de água que serviu de combate ao fogo. 
“Proactivamente solicitamos à concessionária que avaliasse a possível expansão daquilo que é uma obrigação contratual da INDAQUA de fornecer gratuitamente água no combate aos incêndios, fosse extensivo a todos os munícipes que tivessem sido confrontados com esta situação.  Prontamente a concessionária anuiu, e muito brevemente estará disponível informação como é que os munícipes afetados poderão ter este benefício”, revelou o autarca que admitiu que “é o mínimo que todos podemos fazer”.   

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