Indústria e território reforçam ligação à “Há Festa na Aldeia”

Freguesias Ul

António Grifo (ADRITEM), António Manuel Valente Marques (Caçarola) e António Costa (Nova Arroz) participaram no painel promovido pelo Correio de Azeméis e Azeméis TV/FM.

> Debate organizado pelo Grupo Correio de Azeméis

No painel organizado pelo Correio de Azeméis e pela Azeméis TV/FM, António Grifo (ADRITEM), António Manuel Valente Marques (Caçarola) e António Costa (Nova Arroz) refletiram sobre o percurso do evento, a importância da identidade local e o papel das empresas na coesão do território.

O Há Festa na Aldeia tem crescido como projeto âncora de valorização do território, unindo tradição, cultura e inovação. No painel promovido pelo Correio de Azeméis e pela Azeméis TV/FM, três intervenientes sublinharam diferentes perspetivas desta ligação: António Grifo, presidente da ADRITEM, destacou a expansão da rede das Aldeias de Portugal e o impacto de projetos como o Urban Farms Kids; António Manuel Valente Marques, administrador da Caçarola, evocou a memória dos moinhos e a evolução da indústria do arroz em Ul; e António Costa, administrador da Nova Arroz, reforçou o papel da qualidade e da responsabilidade social na internacionalização do setor. Em comum, todos apontaram a festa como exemplo de cooperação e de ligação às raízes.

“A ‘Há Festa na Aldeia’ nasceu aqui, em Ul, há 13 anos, e tornou-se um projeto âncora para todo o território. Com o tempo, foi ganhando dimensão e passou a integrar a rede das Aldeias de Portugal, através da ADRITEM e da ATA. Hoje está replicada de norte a sul do país, em dezenas de aldeias, sempre com o objetivo de valorizar produtos endógenos e aproximar comunidades.”
“O território da ADRITEM também cresceu. Além de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Valongo e Gondomar, também passou a abranger mais os concelhos de Espinho e Vila Nova de Gaia, e as freguesias de Nevogilde, Foz do Douro e Aldoar, criando condições para novas dinâmicas de desenvolvimento local. Projetos como o Urban Farms Kids, premiado a nível nacional, mostram como é possível ligar as crianças à terra e sensibilizá-las para a agricultura e para os alimentos que consomem.”
“É esse o papel da ADRITEM: criar pontes, dinamizar, apoiar as associações e, em conjunto com empresas e autarquias, valorizar um território que tem nas tradições, na cultura e nos produtos locais a sua maior força. Esta festa é um exemplo de como a cooperação gera resultados.”
António Grifo, tesoureiro da ADRITEM

“O arroz sempre fez parte da identidade de Ul. Vi os meus avós trabalharem nos moinhos, quando os sacos eram carregados à cabeça pelos caminhos da aldeia. Depois vieram os moinhos elétricos e, mais tarde, nasceu a primeira indústria organizada, que deu origem a uma fileira que hoje coloca Oliveira de Azeméis no centro da transformação do arroz em Portugal.”
“A Caçarola preserva essa tradição. Apesar de o arroz não ser cultivado aqui, sempre houve proximidade a zonas de produção e, sobretudo, um espírito empreendedor que fez a diferença. Foi isso que permitiu às empresas locais modernizarem-se e crescerem, enquanto outras ficaram para trás. Hoje continuamos a ser líderes de mercado a nível nacional, mantendo uma ligação profunda às raízes.”
“Esse vínculo à terra não se traduz em mais vendas, mas é algo que nos dá orgulho. Apoiar eventos como a ‘Há Festa na Aldeia’, o desporto ou a cultura é uma forma de honrar a nossa história e garantir que as próximas gerações continuam a sentir esta ligação. É uma herança, mas também uma escolha atual: queremos estar presentes.”
António Manuel Valente Marques, administrador da Caçarola

“O sucesso da indústria do arroz em Oliveira de Azeméis deve-se à capacidade de inovação e de investimento contínuo. Sempre apostámos em maquinaria moderna, em processos rigorosos e na valorização da qualidade. É isso que distingue o nosso produto, permitindo-nos chegar hoje a 52 países e fazer da exportação a principal fatia do nosso negócio.”
“Num mercado global e competitivo, qualquer produtor asiático consegue colocar arroz a preços muito baixos. O que nos diferencia é a qualidade: trabalhamos variedades específicas, conhecemos o produto, selecionamos cuidadosamente o grão e oferecemos um arroz que é reconhecido e valorizado nos mercados mais exigentes.”
“Estar na ‘Há Festa na Aldeia’ é também uma forma de afirmar esse compromisso com a terra. Para nós, apoiar a festa não é uma estratégia comercial, mas uma obrigação social: contribuir para a coesão do território, preservar a identidade local e reforçar a ligação entre a indústria e a comunidade. É essa responsabilidade que faz parte do ADN da Nova Arroz e que queremos continuar a reforçar.”


António Costa, administrador da Nova Arroz

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