2 Jul 2025
Reuniões de Cãmara e Assembleia Municipal Concelho
A última reunião de Assembleia Municipal decorreu no auditório Ivone Ferreira, na Escola Secundária Ferreira de Castro
> Deputados do PSD acusam Executivo de não tirar obras do papel
Obras inacabadas, diferenças nos investimentos feitos no centro da cidade e nas demais freguesias e poluição nos rios foram alguns dos temas debatidos.
Quase em final de mandato, a deputada social-democrata Helga Correia sublinhou a necessidade de olhar para o trabalho desenvolvido nos últimos oito anos. “Impõe-se olhar para um conjunto de obras inacabadas e para a inércia deste Executivo municipal”, reiterou.
A alteração da postura de trânsito da zona industrial de Oliveira de Azeméis, a Casa de Sequeira Monterroso, a requalificação do Mercado Municipal, a “degradação” da Estalagem S. Miguel e a reabilitação de passeios, paragens de autocarro e abrigos de passageiros foram alguns dos exemplos apontados pela deputada sobre o que “ficou por fazer” nestes últimos mandatos.
Também Fernando Pais Ferreira destacou os investimentos realizados até ao momento, desafiando os presidentes de junta e o executivo municipal a produzirem um quadro que permita fazer uma comparação entre os investimentos feitos no centro da cidade e nas freguesias. “Temos que ter uma política de valorização global homogénea no sentido de tornar o município e as freguesias mais harmoniosas”, sustentou o deputado social-democrata.
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, elencou uma extensa lista de projetos e intervenções, refutando a ideia de “inércia” do Executivo e de que os projetos não saíram do papel. “.
A Fernando Pais Ferreira, o edil oliveirense sublinhou que o discurso de que os investimentos são apenas feitos na cidade deve ser abandonado. “Nunca as juntas de freguesia foram apoiadas financeiramente como são agora”, rematou.
Poluição dos rios e resíduos sólidos urbanos
A deputada Rita Costa, da bancada social-democrata, usou a sua intervenção para dar destaque à poluição dos rios Ul, Antuã, Caima e Ínsua. “Os focos de poluição nestes cursos de água persistem há anos e recentemente assistimos a mais um episódio alarmante de águas contaminadas com espuma e um odor nauseabundo, que afeta gravemente a qualidade de vida das pessoas”, sublinhou.
A social-democrata aproveitou ainda para questionar o líder do executivo sobre as medidas do plano de ação definido para tratar destas situações ambientais. “Sobre os episódios de poluição no rio Ul, não vai ouvir de mim que estes episódios não se vão repetir: vai ouvir de mim um compromisso que já foi assumido há anos”, enfatizou Joaquim Jorge
Sobre os resíduos sólidos urbanos, Rita Costa evidenciou a preocupação sobre o o agravar deste problema com “a insuficiência de contentores e a constante acumulação de resíduos nas imediações dos polos de recolha".
Joaquim Jorge assegurou que o executivo quer reforçar o sistema de recolha de biorresíduos e resíduos verdes, mas sublinhou "os crimes ambientais recorrentes, como a utilização de contentores para despejar lixo industrial ou de obras".
Outras intervenções e respostas do presidente da Câmara Municipal:
"Quando é que os passeios em Fajões estarão concluídos? Existe algum prazo para a finalização das paragens de autocarro em Cesar, Carregosa, Cucujães e Fajões? Está prevista a pavimentação da estrada na zona em que foram colocados água e saneamento em Ossela?"
Ema Azevedo
Resposta:
"A empresa responsável está a concluir passeios noutros locais, mas assim que terminarem as obras vamos alocar recursos para Fajões. Sobre os abrigos de passageiros: estão instalados cerca de metade e vão ser instalados mais 13 nos próximos dias - até ao final do verão estarão todos instalados. Sobre a pavimentação: estamos a fazer um grande plano de intervenção com as estradas identificadas pelos presidentes de junta."
"Foram abordados 30 pontos na reunião de câmara descentralizada, em Fajões, e só foram discutidas duas freguesias. Porquê esta desigualdade?"
Alcides Queirós
Resposta:
"Sobre os apoios a Fajões, não fazemos esse tipo de contabilidade. A nossa preocupação é procurar desenvolver o território de forma coesa e tentar corrigir as assimetrias existentes. Todos os presidentes de freguesia se regozijam com os investimentos feitos nas suas freguesias, mas também nas outras."
"Já passaram nove meses e ainda não me foram dadas informações que pedi sobre um contrato cuja origem desconheço. Para além disso, qual o ponto de situação da Carta Educativa?"
João Rebelo Martins
Resposta:
"Comprometo-me a fazer-lhe chegar essa informação durante a próxima semana. Em relação à revisão da carta educativa municipal, que está a ser feita pela entidade responsável, estamos à espera do rascunho final para a apresentarmos durante o mês de julho."
"Pode informar esta assembleia do valor total do apoio prestado ao 8.º Encontro de Bandas e qual a expressão desse aumento perante a edição anterior? "
Francisco Silva
"Sobre o 8.º Encontro de Bandas de Música: a continuidade e reforço deste evento é de extrema importância para manter viva a tradição musical e proporcionar momentos de alegria e união à nossa comunidade. A participação ativa e apoio da autarquia são essenciais para garantir o sucesso e crescimento desta iniciativa, pelo que é necessário assegurar que os recursos necessários sejam alocados de forma consistente e justa."
José Lourenço
Resposta a ambos:
"Houve uma verba expressiva que teve que ver com a contratação de um maestro: foi talvez o que fez a grande diferença em termos do orçamento do ano passado e o deste ano. Também houve o reforço do serviço de refeições."
“Qual a envolvência financeira do município de Oliveira de Azeméis nas obras de reabilitação das ETAR do Salgueiro e de Ossela? Qual o tempo necessário para esta intervenção? Quando poderemos esperar ter esta melhoria efetiva concretizada?”
Rui Jorge Rocha
Resposta:
“A Associação de Municípios tem duas ETAR que precisam de uma reabilitação profunda, no valor de 43 milhões de euros. Os municípios terão um envolvimento de cerca de 16 ou 17 milhões, mas ainda teremos de apurar os números. Foi aprovado o Reconhecimento do Relatório de Interesse Público desta intervenção no Salgueiro, que vai permitir várias intervenções. A ETAR de Ossela tem financiamento aprovado e esperamos arrancar já em 2026.”