9 Oct 2023
Em causa está uma vacaria que tem poluído águas na freguesia de Loureiro
José Figueiredo Silva, é morador, há mais de 43 anos, na Rua Ângelo Alves Ferreira, na freguesia de Loureiro, e atualmente vive sem ter acesso a água potável em sua casa, recorrendo ainda à captação de água subterrânea. Numa tentativa de denunciar e solucionar o seu problema, o oliveirense interveio durante a reunião de câmara e levou, num garrafão, a água que sai nas torneiras da sua casa, totalmente turva e de cor acastanhada. José Silva depara-se com o problema de a água ser contaminada diariamente devido às vacarias que ali se encontram nas imediações da sua casa.
“Como podem ver esta água não dá para beber, para tomar banho, cozinhar, nem lavar a loiça. Isto tem tido um grande impacto ambiental, e altamente prejudicial à minha saúde”, afirmou José Silva, que acusou que este problema é consequência da “falta de ação da fiscalização municipal e licenciamentos ilegais” para construção de vacarias, referiu o munícipe.
O vice-presidente, Rui Cabral, começou por dizer “que conhece bem a situação, há mais pessoas naquela rua que têm contactado a câmara por causa deste problema.”
Tendo o conhecimento que a causa daquele problema são as vacarias existentes naquela zona, o vice-presidente recordou que “há uns anos a legislação permitiu a legalização de algumas vacarias, que estavam implantadas já há bastante tempo, onde algumas eram ilegais”, prosseguiu, e afirmou ainda que recentemente foi ao local junto a uma ribeira “que está uma vergonha, principalmente no verão ainda pior, a água que passa é pouca e em determinados períodos é mais excrementos do que água, é um facto. Esta ribeira vai desaguar ao Rio Gonde, ao lugar de Tonce, rio que passa junto à junta de freguesia”, sublinhou. Posto isto, o vice-presidente assegura que algo tem de ser feito junto do Ministério da Agricultura e vai confirmar para que organismo externo à câmara tem sido encaminhadas as queixas que já foram feitas “e saber de facto o que se está a passar para as autoridades competentes não atuarem”, reforçou Rui Cabral, que garante que a situação não pode continuar assim por “muito mais meses”.