Ínsua não é rio, mas topónimo

Opinião

(continuação da edição n.º 4872) As Bulas Papais referidas e vários documentos medievais, que consultei e omito por economia de espaço, são muito importantes para a identificação do nome autêntico, do lugar da nascente e do percurso do Rio Antuã, do Ul e do Caima. Corrigindo a maioria dos investigadores, que através dos tempos têm confundido o Antuã com o Ul e têm atribuído aos três rios erróneos locais das suas nascentes, e ainda no sentido de pôr termo a dúvidas que ainda subsistam, assevero aos leitores o seguinte: O Rio Antuã nasce na freguesia de Escariz, Arouca (na ‘Serra Grande’ ou ‘Montes Nabales’ (hoje, lugar de Nabais), na designação medieval): o braço mais extenso nasce no actual lugar da Venda da Serra (Escariz), desce por Vacaria, Carregosa de Cima, Silvares, Chão da Silva, juntando-se, aí, ao outro braço (caudal) que nasce no lugar das Alagoas (Escariz), desce por Seixeira (Fajões), Pisão, Retorta, Lavandeira, Torre, Ribeira de Fajões, Azagães de Carregosa, Silvares, limite Sul do ligar de Chão da Silva e daí em diante num só caudal segue por Pindelo, Covo, Oliveira de Azeméis, Macinhata da Seixa, ‘Ponte dos dois Rios’ no lugar de Adães da freguesia de Ul (aqui recebendo o afluente Ul), cerca de 3 Km depois passa sob a ponte da Minhoteira (Pinheiro da Bemposta), Estarreja, Salreu, Ria de Aveiro. O Rio Caima (o medieval ‘Cadima’) nasce na frecha da Misarela, da freguesia de Albergaria da Serra (maciço da Serra da Freita), concelho de Arouca, desce por Macieira de Cambra, Vale de Cambra, Ossela e Palmaz, do concelho de Oliveira de Azeméis, Branca, Ribeira de Fráguas e Vila Maior (concelho de Albergaria-a-Velha) e vai unir-se ao rio Vouga, de que é afluente da margem direita. O Rio Ul (o ‘Ure’ medieval) nasce nuns lameiros do lugar de S. Mamede da freguesia de Fajões, desce pelo lugar de Monte Calvo de Romariz, Vila Nova, segue por Milheirós de Poiares, S. João da Madeira, Ponte da Pica, Faria de Cima e Margonça – Cucujães, S. Roque, Santiago de Riba-Ul, Oliveira de Azeméis, Madaíl e entrega as suas águas ao rio Antuã (de que é afluente da margem direita) junto da vulgarmente chamada ‘Ponte dos dois Rios’, que liga o lugar de Adães da freguesia de Ul ao lugar de Damonde da freguesia de Travanca. Repare-se que, na IC2, concretamente junto da Margonça de Faria de Cima, Cucujães, na ponte sobre o citado Rio Ul, está colocada a despudorada e irrisória placa hidrográfica ‘Rio Antuã’, que briga com a evidência e engana os transeuntes e turistas que devem merecer mais respeito e têm direito a informação actual e correcta. Quem acaba com o escândalo e birra das placas ‘Rio Insua’ e ‘Rio Antuã’ na Margonça (Cucujães) e procede a uma rigorosa identificação dos nossos rios? Dr. Samuel Oliveira, Presidente da Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis

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