
Foi no dia 27 de agosto de 1971 que Joaquim Landeau e Lúcio Rodrigues, com a ajuda de César Guedes, decidiram criar a empresa Plásticos Joluce, com o principal objetivo de testar os moldes fabricados na empresa mãe: a Moldoplástico. A junção das duas primeiras letras dos nomes próprios destes três elementos, que viriam a ser os sócios fundadores da Plásticos Joluce, deu origem ao nome pela qual é mais conhecida hoje: Joluce [JOaquim-LÚcio-CÉsar].
Com 50 anos de história, a Joluce tem vindo a consolidar a sua posição no mercado nacional e internacional, cotando-se como uma das empresas de referência no setor e vendo-lhe reconhecido o estatuto de PME Excelência e Líder de forma consecutiva ao longo dos últimos anos e, ainda, com a atribuição de alguns prémios de prestígio internacionais. O diretor geral e também administrador da Joluce, Carlos Silva, reforçou que a empresa nasceu fruto da “visão” dos fundadores, Joaquim Landeau e Lúcio Rodrigues. “Estes dois homens fundaram a Moldoplástico, detentora de 100 por cento do capital social da Plásticos Joluce, que foi funcionando como uma empresa de referência na área dos moldes. Fruto de uma lacuna – existia a necessidade de testar os moldes fabricados na empresa mãe –, surgiu a Plásticos Joluce”, explicou o responsável, em declarações à Azeméis TV/FM.
No início dos anos 90, foi feito o primeiro molde de uma cadeira para a Joluce, um casco de uma cadeira de estádio. De certa forma, este foi o arranque para aquele que viria a ser o verdadeiro core business da empresa. A partir de 2000, avançou para o mercado no qual a Joluce é reconhecida atualmente: fabricação de mobiliário de exterior, esplanadas com publicidade e, mais recentemente, materiais premium para o setor da hotelaria. “Quando estamos sentados numa esplanada a tomar um café, é muito provável que estejamos sentados numa esplanada fabricada pela Joluce”, comentou Carlos Silva.
Com a confiança dos clientes que foram angariando, nos últimos 12 anos a Joluce passou de uma faturação de três milhões de euros para 11 milhões de euros. “Num espaço temporal reduzido, a empresa deu um salto qualitativo e quantitativo no volume de negócios”, declarou Carlos Silva. “Deixa-nos orgulhosos, mas, principalmente, isto deixaria orgulhosos os sócios-fundadores que já não estão entre nós”, apontou, concluindo: “50 anos são muitas páginas de uma história construída a pulso.”
Os visionários: Joaquim Landeau e Manuel Lúcio Rodrigues
Joaquim da Silva Landeau e Manuel Lúcio Gomes Rodrigues conheceram-se na indústria vidreira e decidiram, em 1955, fundar uma das primeiras empresas de moldes em Oliveira de Azeméis: a Moldoplástico.
Joaquim Landeau nasceu em 1926 e, desde cedo, começou a trabalhar como ajudante de pedreiro, com nove anos. Já aos 14 anos, foi trabalhar para o Centro Vidreiro, onde permaneceu até aos 28 anos. Mais tarde, entra para o Centro Vulcano como serralheiro com o seu colega de bancada, Lúcio Rodrigues, onde trabalhavam de dia mas à noite faziam ‘biscates’, com o sonho de construir um negócio em conjunto.
Já Lúcio Rodrigues nasceu em 1928 e, com 17 anos, foi trabalhar para Oliveira de Azeméis para a serralharia do seu irmão. Com 19 anos, como serralheiro, inicia funções no Centro Vulcano. Mais tarde, regressou à Marinha Grande onde aprendeu a arte dos moldes na empresa Aníbal H. Abrantes.
É em 1955 que regressa a Oliveira de Azeméis, onde se estabeleceu com Joaquim Landeau e começaram, ambos, a escrever uma página de história que permanece até aos dias de hoje.
Plásticos Joluce aposta em linha ‘pet’
A Joluce está a trabalhar em novos projetos que, em breve, serão lançados no mercado. Desta vez, a empresa de plásticos está a apostar numa linha ‘pet’, ou seja, em estruturas destinadas para os animais de estimação. “Este projeto é diferenciador daquilo que existe no mercado, uma vez que estamos a apostar em modelos interessantes e que vão de encontro àquilo que é a necessidade do mercado e dos seus consumidores”, explicou o diretor geral e administrador da Joluce, Carlos Silva, em entrevista à Azeméis TV/FM. “Vimos uma oportunidade e decidimos aproveitá-la; não há muitas empresas na Europa produtoras deste tipo de produto. Uma grande parte vem do mercado asiático e é um nicho que queremos abraçar”, revelou.