9 Dec 2025
No próximo fim de semana, José Paiva quer levantar a Taça de Portugal em Sangalhos
Ciclismo> Ciclista de Carregosa revelou a sua próxima equipa em entrevista na Azeméis TV/FM
No próximo fim de semana, 13 e 14 de dezembro, no Velódromo de Sangalhos, em Anadia, José Paiva conta com o apoio dos oliveirenses para vencer a Taça de Portugal de ciclismo de pista.
O ciclista, natural de Azagães, na freguesia de Carregosa, está perto deste feito e promete dar tudo para conquistar o troféu. Aos microfones da Azeméis TV/FM, José Paiva, que ambiciona ser ciclista profissional, revelou que, na próxima época, vai integrar a equipa da Gi Group Simoldes Oliveirense.
"Correr nos Europeus e nos Mundiais deu-me muita abertura e muito mais andamento"
José Paiva tem 18 anos e estuda no Cenfim, em Oliveira de Azeméis. Iniciou-se no ciclismo em 2018, na EFAPEL, e passou também pelo Cantanhede Cycling, antes de ingressar no NRV Paredes, onde corre atualmente. Na próxima época, vai ingressar no ciclismo profissional às ordens de Manuel Correia e Luís Pinheiro, onde espera não só ajudar a equipa, mas também evoluir como pessoa e como atleta. No programa Desporto em Análise, conduzido por Hermínio Loureiro na Azeméis TV/FM, José Paiva revelou as suas metas e objetivos para o futuro.
Pista ou estrada?
A pista é uma coisa que apareceu o ano passado e está a correr bem. São situações diferentes mas acho que gosto mais de pista. Eu treino na rua, no ginásio e também na pista, mas a maior parte dos treinos têm que ser na estrada. No ginásio faço um reforço.
Conciliar a escola com o ciclismo
Às 8h30 começo na escola. Há dias em que consigo sair às 12h30 e tenho a tarde toda para treinar. Quando saio mais tarde (16h30) vou a Anadia e treino na pista. A partir do momento em que o Rui Oliveira e o Yuri Leitão ganharam os Jogos Olímpicos, eu notei muita diferença no ciclismo de pista, mais gente a aderir ao ciclismo de pista, já se nota mais evolução, sobretudo na forma dos atletas correrem.
Vem aí a última prova da Taça de Portugal
Estou à frente nas três vertentes de pista. Consegui esses resultados e agora é tentar manter a fila da frente. Os meus treinos agora são fazer trabalhos mais específicos e mais próximo da corrida é descansar a cabeça e descontrair as pernas. O trabalho que havia a fazer está feito. (...) Estar em primeiro já me está a dar mais responsabilidade, agora é desfrutar desta boa pressão e continuar a trabalhar para conseguir mais. Vai ser complicado ganhar, porque tenho atletas que correram comigo nos Mundiais e tiveram melhores resultados, e eu vou ter de estar de olho em mais três ou quatro atletas. Mas o meu objetivo é vencer a Taça de Portugal.
Seleção Nacional trouxe mais experiência
Já ando há uns anos no ciclismo mas só o ano passado comecei a fazer bons resultados. Noto que a pista me deu evolução e ter oportunidade de correr nos Europeus e nos Mundiais e trabalhar com o Professor da Seleção deu-me muita abertura e muito mais andamento. Ter ido à Seleção foi muito positivo e deu-me mais experiência.
A ambição de chegar aos Jogos Olímpicos
A vitória de Rui Oliveira e Iúri Leitão nos Jogos Olímpicos foi uma inspiração e mostrou-me que tudo é possível e que não é por estarmos em Portugal, e por sermos um país mais pequeno, que não podemos chegar onde queremos. Os Jogos Olímpicos são sempre uma meta e um objetivo. E eu trabalho para isso.
Na luta para ser ciclista profissional
Enquanto eu puder, vou sempre lutar para ser ciclista profissional. Essa é a minha meta. Em Portugal, viver do ciclismo é complicado. Os ciclistas têm de ter sempre um plano B porque no ciclismo, como noutro desporto, pode haver uma lesão e de um dia para o outro ficamos sem trabalho. Quando era pequeno queria ir para o futebol, como qualquer jovem, depois tive problemas e fui internado, e não continuei. No ciclismo temos de abdicar de momentos com amigos e família, mas no final vale a pena. Estou preparado para esses sacrifícios, mas não sinto que me abstraia da minha vida por causa do ciclismo. Não abdico 100 por cento das coisas por causa do ciclismo.
Segue-se a Gi Group Oliveirense
É um mundo completamente diferente. Até agora os meus adversários tinham um ou dois anos de diferença e agora vou correr com pessoas de 30 anos e que têm tantos anos de ciclismo como eu de vida. Toda a gente fala muito bem do Manuel Correia e do Luís Pinheiro e dizem-me que eu estou bem entregue. Para o ano quero continuar a fazer ciclismo de pista e de estrada. A minha expectativa é ajudar a minha equipa e crescer como atleta e como pessoa.