24 May 2022
Menores detidas e obrigadas a regressar
Duas jovens, que estavam em fuga do Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, estiveram envolvidas no sequestro de um homem em Aveiro e foram detidas. No rapto do homem, que andou cerca de 400 quilómetros na bagageira do seu próprio carro, participaram outros dois jovens, um deles conhecido da vítima.
Ana Catelas
Duas jovens, de 16 anos, fugiram do Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, na madrugada do dia 14, e na passada terça-feira estiveram envolvidas no sequestro de um homem, de 29 anos, em Ílhavo. A vítima, Fábio Roque, contou, em declarações à TVI, que foi ter com um dos indivíduos seu conhecido, tal como acontecia frequentemente, e que acabou agredido e sequestrado pelo grupo dos quatro jovens (as duas menores e outros dois rapazes de 22 e 23 anos). “Mandaram-me subir até ao último piso (de uma casa abandonada) onde estavam as duas raparigas deitadas nuns colchões. Eles mandaram-nas sair de lá, os dois agarraram em mim, meteram-me ao chão e agrediram-me até quando quiseram. Quando eu estava quase inconsciente, roubaram-me a chave do carro e pegaram em mim e enfiaram-me para a mala do carro”, contou a vítima, que andou cerca de 400 quilómetros na bagageira, desde Ílhavo até Ourique, no Alentejo, onde a viatura foi intercetada por uma equipa da GNR. Isto porque durante o rapto, o homem conseguiu ligar para os pais a avisar que tinha sido raptado e os mesmos apresentaram a queixa na GNR, que encetou as diligências policiais para localizar e intercetar o carro.
Quando intercetados, os quatro raptores foram detidos e a vítima necessitou de assistência hospitalar, tendo sido encaminhada para a unidade hospitalar mais próxima. Os detidos foram conduzidos às instalações da GNR, tendo sido posteriormente entregues à Polícia Judiciária. Os jovens estão agora indiciados pelos crimes de roubo e sequestro, segundo avança o Correio da Manhã.
O Correio de Azeméis chegou à fala com a diretora do Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, Alexandra Vieira Dias, que informou que “a instituição não vai prestar qualquer declaração sobre o assunto”.