Filipa Santos, presidente da JSD, Alexandre Marques, membro da Juventude do CHEGA, e Vasco Alves, presidente da JS, debateram, nos estúdios da Azeméis TV/FM, a importância das eleições europeias na vida dos jovens.
A Azeméis TV/FM promoveu um debate que reuniu elementos das três juventudes partidárias do concelho. A gestão da pandemia e a imigração foram temas discutidos e que revelaram divergências de posicionamento.
As eleições europeias para os jovens
“É um facto o de que os jovens não ligam tanto às eleições europeias, nem sabem propriamente o que é e nem para que servem e, no geral, os adultos também. Estima-se, para estas eleições, uma descida na abstenção de 10%, mas os jovens continuam a não saber o que significam as eleições europeias, a sua importância. Não há literacia política nas escolas. E é um dos principais fatores para esta abstenção. E é precisamente algo que o CHEGA quer, total transparência e passar informação de forma clara para toda a população”.
Alexandre Marques, membro da Juventude do Chega de OAZ
“A participação dos jovens nas eleições europeias não é tão grande quanto nas outras eleições. No entanto, nestas específicas, felizmente, tenho notado que os jovens têm demonstrado mais interesse, porque têm aqui questões relacionadas com a economia, com o meio ambiente, com a assistência solidária, que são temas que interessam aos jovens e que acabam por os cativar para estes assuntos das eleições europeias e depois acabam por também querer ter influência no futuro da União Europeia e participar também nos interesses do Portugal. E espero que isto depois, no dia das eleições, se transpareça”.
Filipa Santos, presidente da JSD de OAZ
“As eleições europeias, manifestamente, são um ato eleitoral com menos participação. Mas, a verdade é que o Parlamento Europeu é um órgão extremamente importante naquilo que são as políticas que os próprios estados membros seguem. Porque a maior parte daquilo que é a nossa legislação nacional advém de diretivas europeias. Há um aspecto positivo: saiu, recentemente, um estudo que dizia que cerca de 70% das eleições europeias são votadas pelos jovens. E, portanto, espero bem que esse número seja concretizado. Se possível, que esse número seja ainda superior, porque significa que os jovens participam e estão interessados”.
Vasco Alves, presidente da JS de OAZ
Gestão da pandemia divide opiniões
“Em relação ao tratado pandémico, é outra vez a mesma história. É a União Europeia a querer controlar e tirar a soberania nacional aos países. Eu acho que essa soberania não nos deve ser retirada e a União Europeia não nos deve dizer quando vacinar, o que vacinar e o que fazer. Houve um aumento enorme no número de mortes por insuficiência cardíaca a seguir ao início da tomada da vacina. Já divulgaram dados de um efeito secundário que encontraram há pouco tempo em relação à vacina. Um nome muito complexo, mas que, basicamente, diz que a vacina tem como um efeito secundário criar coágulos no sangue. E isso é mortal”.
Alexandre Marques, membro da Juventude do Chega de OAZ
“A questão da pressão migratória, esta questão agora da guerra e também aquela questão pandémica pela qual passamos são aqui três contextos que despertaram o interesse dos jovens e que os fizeram, de certo modo, perceber aqui a importância da União Europeia. A nossa candidata, a Carla Rodrigues, na intervenção que fez aqui em relação à pandemia do Covid, deixou aqui uma questão em aberto e realmente eu também vou deixar aqui em aberto, que é… O que é que seria de Portugal sem a União Europeia numa situação como a que passámos, não é?”
Filipa Santos, presidente da JSD de OAZ
“Aqui concordo com aquilo que foi dito pela Filipa e discordo com aquilo que foi dito pelo Alexandre. Estamos num debate e acho que é para isso que também estamos aqui, para apresentar os nossos pontos de vista e discordarmos dos que não concordamos. E acho que o discurso do Alexandre é muito perigoso. Ele falou de soberania nacional numa questão que era de saúde pública. Se não tivesse havido uma resposta da União Europeia a todos os níveis, teria sido muito difícil nós conseguirmos ultrapassar a crise, ultrapassar a crise pandémica da forma que ultrapassamos”.
Vasco Alves, presidente da JS de OAZ
O programa do CHEGA
“O CHEGA defende, principalmente para estas eleições europeias, a defesa da soberania nacional e defende, também, o investimento em mecanismos de anticorrupção. Defende um maior investimento por parte da agricultura e da pesca para evitar estas manifestações que têm havido muito por causa desta agenda climática. O CHEGA é um dos únicos que se opõe a este tratado pandémico que tem como objetivo pôr em causa as nossas as nossas liberdades é o único a falar fortemente sobre as imigrações que estão a destruir a Europa”.
Alexandre Marques, membro da Juventude do Chega de OAZ
AD e a ‘Europa que protege’
“O programa da AD tem políticas direcionadas para vários fatores como a habitação, segurança, defesa da questão da migração, economia, ambiente, saúde, trabalho e até a questão da natalidade e a questão do envelhecimento ativo. Tendo em conta aqueles dois fatores da ameaça que nós falamos aqui que a Europa enfrenta que é a questão da pressão migratória e da guerra o programa da AD vai também ao encontro do solucionamento desses dois fatores com o ponto da ‘Europa que protege’, que vai ao encontro da proteção das pessoas, da paz, da segurança da liberdade e que também defende aqui a continuação e o reforço do apoio à Ucrânia”.
Filipa Santos, presidente da JSD de OAZ
JS choca com o CHEGA na questão da imigração
“O que o Alexandre tenta passar é que as pessoas vêm para cá todas para destruir a Europa, não pensamos que há pessoas que estão em guerra, que são refugiadas, pessoas que querem vir para aqui trabalhar, esquecemos que estamos numa Europa extremamente envelhecida, Portugal é um país envelhecido, já percebemos que sem os imigrantes a nossa economia estaria a definhar, isto acontece aqui como na Europa, e portanto o discurso que nós temos de ter é como trazer as pessoas e como as incluir, como nos dar condições, não obstaculizar a sua vinda”.
Vasco Alves, presidente da JS de OAZ