Luís Pinho inaugura exposição dos 'chapéus reais'

A Loja interativa de Turismo (LID), sediada na freguesia de Macieira de Sarnes, recebeu, no passado dia 20 de maio, uma exposição com diversos artigos da empresa Chapéus Real. A exposição é desenvolvida no âmbito do projeto “Indústria Fora de Portas”. 
Luís Pinho, a convite da LIT, inaugurou uma exposição onde foram expostos os seus chapéus reais. Rui Luzes Cabral, vice-presidente da Câmara Municipal, abriu a sessão com algumas pavaras, fazendo questão de reforçar que o projeto “Indústria fora de Portas”, visa “de uma forma simbólica, divulgar aquilo que se faz no concelho de Oliveira de Azeméis. O objetivo é que os oliveirenses possam conhecer aquilo que se faz de bom no concelho.”
O Correio de Azeméis esteve na inauguração e conseguiu constatar, junto de Luís Pinho, que os chapéus são algo que já não se usa tanto como antigamente, e que, atualmente, “o fabrico de chapéus é mais personalizado, com temas distintos e com modelos únicos.”
Luís Pinho sente que só agora está a ter o destaque merecido por parte da Câmara Municipal, pois em tempos apenas eram “publicitadas artes relacionadas com o vidro, pão e moldes”. Aproveitou ainda para sublinhar que é o único que trabalha com o filtro e o pano.
Um dos grandes problemas que assustam o chapeleiro passam pela falta de pessoas que possam dar continuidade a este caminho e zelar pela tradição dos chapéus em Oliveira de Azeméis. Devido à exigência do trabalho em questão, Luís Pinho afirma que já teve “várias pessoas que vieram trabalhar e ao fim de duas horas fugiram da fábrica.”
Apesar deste facto menos favorável, os mercados nacionais e internacionais andam lado a lado ao nível de produção: “Trabalho com vários países. Antes da pandemia, trabalhei com a Estónia e a Albânia. Trabalho também com Espanha e Inglaterra, que são grandes clientes.” 
O sucesso de Luís Pinho mede-se pelas grandes marcas com que trabalhou, como a “Ross e a Armani”, contudo, a nível nacional, também apresenta clientes fiéis como “ranchos folclóricos, escuteiros e a GNR.”