‘Mais e Melhores Anos’ promove a saúde mental

O projeto está divido em duas vertentes, sendo que a primeira é a estimulação cognitiva, onde estas pessoas são estimuladas a exercitar o seu cérebro em diferentes áreas, ajudando assim na sua atenção, pensamento, linguagem, memória, cálculo, entre outras.
Este é um trabalho que a par da psicóloga, Susana Rocha, a enfermeira, Joana Rodrigues, é a responsável por realizar as atividades e de fazer a estimulação cognitiva dos mais velhos e de apoiar os cuidadores informais, ou seja, um familiar, amigo, vizinho, voluntário, alguém que cuide destas pessoas. ‘Fazer a diferença 3’ é o nome desta vertente e é composto por um acompanhamento ao longo de 12 semanas.
A intenção é “ajudar e monitorizar o cuidador informal a implementar sessões cognitivas junto do idoso (…) fornecemos todo o material necessário, ajudamos o cuidador, com o objetivo de perceber se perante o momento inicial e o final houve alguma melhoria com a implementação deste programa”, explicou Joana Rodrigues.
A segunda vertente é combater o isolamento social, beneficiando de apoio psicológico e de outros apoios que sejam necessários. Neste caso, são idosos sem retaguarda social, onde uma vez por semana durante um ano, recebem a visita apenas da psicóloga Susana Rocha.
Aos idosos sem retaguarda, “damos apoio psicológico, e também apoio dos nossos voluntários a nível de atividades socioculturais, de atividades na vida diária, ou seja, é um projeto com duas vertentes para combater duas situações distintas”, esclareceu a enfermeira Joana Rodrigues.
Segundo a psicóloga Susana Rocha, a iniciativa ainda está numa fase de iniciação, o que para já tem sido difícil chegar a todos. “Já iniciei a visita a alguns idosos, de momento já tenho seis situações que estou a acompanhar, mas ainda não consegui chegar a todas as freguesias (…) o nosso objetivo é alcançar todas as freguesias de Oliveira de Azeméis. O que pretendemos é fazer visitas regulares, se for possível também fazer acompanhamento telefónico e sinalizar situações que tenham outros problemas associados (…) que resultam da sua situação de isolamento”, argumentou Susana Rocha.
Este é um trabalho colaborativo que envolve uma enorme equipa de voluntariados e de profissionais na área, prontos a intervir em todo o concelho. É com esse intuito que a enfermeira Joana deixa o apelo para todos os que tenham interesse em ajudar se voluntariem para esta causa.
“Quem quiser ser voluntário, só tem de despender de cerca de 30 minutos por semana, se conseguirem mais tempo melhor, é meia hora do nosso tempo a cuidar e dar carinho a um idoso que atualmente está isolado. As candidaturas estão abertas no site e no Facebook da Misericórdia de Oliveira de Azeméis”, referiu. 
O apoio do BPI e da Fundação ‘La Caixa’ foi no valor de 26.900 euros, possibilitando, desta forma, a contratação da psicóloga e a aquisição de uma carrinha para a ajuda na intervenção social.