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Correio de Azeméis

1 Jul 2025

Manuel Alberto Pereira pede mais fiscalização à GNR

Concelho Ul

> Poluição no Rio Ul prejudica Parque Molinológico

Na sequência das preocupações partilhadas pelos moradores e frequentadores da freguesia de Ul, questionámos o presidente da Associação do Parque Temático Molinológico, também presidente da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail, Manuel Alberto Pereira a responder algumas questões relacionadas com a poluição que afeta o Rio Ul e por consequência o Parque Temático.  O autarca mostrou-se bastante preocupado com o estado do Rio e garantiu que, apesar das ferramentas limitadas que a associação dispõe, continuar a lutar pela situação. Por fim, o dirigente lançou algumas críticas à atuação de todos os agentes envolvidos, mostrando-se descontente pela inação quando a questão não é assunto nos jornais.

Correio de Azeméis (CA): O Parque Temático Molinológico apresenta-se como um excelente espaço para atividades de lazer da população. Não teme que a poluição afete o uso que a população poderia dar à infraestrutura? 
Manuel Alberto Pereira (MAP): É com enorme preocupação que vemos o problema da poluição no rio Ul afetar um espaço como o Parque Temático Molinológico, criado para promover o lazer, a educação ambiental e a valorização do nosso património natural e etnográfico. 
A presença continuada de espuma e maus odores tem, naturalmente, um impacto negativo na forma como a população usufrui do Parque, afastando os visitantes e condicionando a realização de atividades que dependem da qualidade ambiental deste espaço, assim como afeta de forma significativa a qualidade de vida da população aqui residente e a sua a ligação ao rio. 
Por isso, para além dos prejuízos ambientais que têm impacto a nível da fauna e da flora, estas ocorrências comprometem o enorme potencial do Parque, não só como espaço de lazer, mas também como polo de atração turística e educativa.

CA: A Associação tem um raio de ação limitado, ainda assim que ferramentas é que têm sido utilizadas e ainda podem ser utilizadas para resolver o problema da poluição no rio Ul? 
MAP: Reconhecendo os limites da nossa intervenção, dentro das nossas competências temos procurado agir com responsabilidade. Continuamos a proceder à denúncia imediata de ocorrências ao SEPNA da GNR e a articular com as entidades competentes (município, Associação de Municípios das Terras de Santa Maria e APA), fornecendo registos, imagens e testemunhos sempre que necessário. 
Aliás, estas ocorrências não são novas. A título de exemplo, também em janeiro de 2020, demos nota ao vosso jornal das nossas preocupações e diligências, face a descargas de poluição que também se verificaram na altura.
Por isso, reiteramos o que já defendíamos na altura: é urgente reforçar a fiscalização ambiental, identificar com precisão os focos de poluição e acelerar as intervenções prometidas, quer no plano de ligações à rede de saneamento, quer na modernização das ETARs de Santiago de Riba-Ul e de Ossela. A resolução deste problema passa por um compromisso coletivo, onde todos, entidades públicas, setor industrial e cidadãos, têm de assumir responsabilidades, pois só assim poderemos ultrapassar um dos problemas mais graves do nosso município.


CA: Que reação teve relativamente à explicação providenciada pela autarquia relativamente à origem do problema? 
MAP: Reconhecemos o esforço do Município de Oliveira de Azeméis em identificar causas, nomeadamente avarias nas ETARs ou descargas indevidas, mas gostaríamos de ver uma atuação mais célere e preventiva, em especial por parte dos agentes da SEPNA (GNR), entidade que fiscaliza no terreno e atua como polícia ambiental, assim como da Agência Portuguesa do Ambiente, pois é a entidade que define as políticas ambientais, monitoriza o seu cumprimento e emite pareceres sobre o licenciamento de unidades industriais. 
Portanto, reconhecendo que os problemas associados à poluição do rio Ul não são novos,, consideramos que não basta reagir quando o problema se torna mediático; é necessário atuar com firmeza e transparência no acompanhamento contínuo da qualidade da água. 
Por isso, a quem tem responsabilidades diretas nesta matéria, reivindicamos a implementação de uma maior fiscalização e medidas concretas com prazos definidos, de forma a garantir que estas situações não se repitam com a frequência com que infelizmente têm ocorrido.

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