22 Jul 2024
Maria Hernandez ‘Paleta’ pretender criar novos espaços de venda dos seus gelados ao público e aceita sugestões de novos sabores para mais gelados
> “Tem corrido muito bem, graças à confiança que me têm brindado”
Maria Hernandez ‘Paleta’, natural do México, apaixonou-se por Oliveira de Azeméis, em 2005. Advogada de profissão, deixou a advocacia quando veio para Portugal. Desde 2019 que a sua ocupação principal são os gelados artesanais, tendo conquistado o paladar dos oliveirenses. A Azeméis TV/FM conheceu ao pormenor a sua história, contada na primeira pessoa.
Como surgiu a ideia dos gelados artesanais. “Surgiu basicamente por uma necessidade de ocupar tempo. Eu não tinha ideia de como se fazia um gelado. Vim para Portugal porque casei com um português, em 2005. Esta ideia surgiu muitos anos depois. Foi em 2019, depois de ter visitado e vivido em alguns países. A ideia surgiu no Brasil, mas quando voltamos, em 2015, ficou meio esquecida. O meu marido teve que ir trabalhar para a Républica Checa, mas eu precisava de algo mais estável. Fiz voluntariado na biblioteca mas era uma atividade muito solitária e então o bichinho dos gelados surgiu novamente. Fui ao México para comprar alguns livros de receitas de uma gelataria que tem por todo o país e comecei a experimentar e a fazer as minhas próprias receitas.”
De onde vem o nome Maria Paleta? “No México, ao gelado chamamos Paleta. E depois existe a ligação do nome com o logótipo.
Pensei em fazer uma espécie de tributo às comunidades indígenas do meu país e lembrei-me de umas bonecas que fazem as comunidades indígenas do centro do país. Têm aquele colorido das festividades mexicanas. Transmitem alegria e significam muito pela história que elas têm.”
Como têm sido estes 5 anos de Maria Paleta. “Tem corrido muito bem, graças à confiança que me têm brindado, por exemplo, o ‘Grão a Grão’ foi o primeiro café que acreditou em mim e que começou a vender o gelado e tem tido muito boa aceitação. Depois vendo online, até nas redes sociais. Já fizemos aniversários onde os gelados era todos sem açúcar, só com fruta. E se tiverem uma ideia de algum sabor, podemos experimentar e fazer”
O crescimento do negócio. “As expectativas, às vezes, são muito altas. Eu, inclusive, pensava em vender para Aveiro, mas voltando à realidade, não tenho estrutura para transportar um produto tão sensível ao calor.
Então, pensei, fico por aqui em Oliveira de Azeméis e, talvez, em São João da Madeira. Ainda não temos nenhum ponto de venda em São João da Madeira, mas estou a tentar.
Os meus gelados ainda não são considerados artesanais. Têm todas as características de produção artesanal, mas ainda não tirei a carta de artesã. Então, este ano, quero tirar a carta de artesã para já poder oferecer exatamente como um produto artesanal.”