18 Dec 2023
Diretor tem a ambição de aumentar as instalações da ESAN
Martinho Oliveira assumiu por mais quatro anos a direção da Escola Superior de Aveiro Norte. Na passada quarta-feira, realizou-se a cerimónia solene nas instalações da escola, onde o professor começou por fazer uma resenha do passado e dos seus anos como diretor e traçou algumas das principais metas a atingir para o próximo quadriénio (23/27).
O reeleito diretor começou por referir que falar da ESAN “é falar da minha vida, é uma parte integrante dela e acabo por falar de uma forma bastante apaixonada”. Lembrou os tempos em que a escola estava no edifício Rainha, no centro de Oliveira de Azeméis, e da “grande mudança” de instalações, onde se encontra hoje a ESAN, que “permitiu um crescimento que de outra forma seria impossível”, frisou.
A partir deste momento o diretor enumerou alguns dos projetos futuros e novidades que tem reservados para os próximos anos.
Uma nova licenciatura e um novo mestrado
“Se tudo correr bem no próximo quadriénio teremos mais uma licenciatura na área das tecnologias de informação e comunicação, e propusemos também um mestrado na área de engenharia de fabrico digital”, anunciou Martinho Oliveira, que lembrou ainda que recentemente entraram em funcionamento mais dois CTePS.
“A ambição é termos pelo menos mais um edifício novo”
“Acho que estamos numa situação em que vamos querer crescer mais, mas não podemos crescer muito mais”, lamentou o diretor da escola. A falta de espaço e a criação de um futuro projeto de alargamento da ESAN há muito que é discutido, assim, “não é de espantar que umas das grandes, se não a maior, ambição é nós termos pelo menos um edifício novo. Um edifício que nos permita acomodar todas estas iniciativas e ter uma forma de cooperar com as empresas e com o tecido empresarial em outras condições e crescer no aspeto de cooperação”, revelou Martinho Oliveira.
Obra da residência pode arrancar em 2024 e um campus “com qualidade”
“Estamos a trabalhar neste momento a questão do alojamento, e como sabem as coisas estão a andar. Temos neste momento o projeto a ser elaborado pela nossa equipa de arquitetura e, se tudo correr bem, de acordo com as informações mais recentes, durante o próximo ano iniciaremos a obra. Depois talvez em 2025/2026 haverá condições para as residências entrarem em funcionamento”, desvendou o diretor da ESAN, que mostrou ainda a sua ambição de querer ter “aqui um campus ao nível do de Aveiro, obviamente mais pequeno, mas com a qualidade e excelência do que são o campus da Universidade de Aveiro.”
Mais trabalhos de investigação
“Na área da investigação queremos ter mais atividade de investigação, muito mensurável através dos projetos que vamos fazer. Projetos mais iniciais ao nível das licenciaturas, até diria ao nível do CTeSP e nas teses de mestrado. Queremos ter aqui muito mais atividade ao nível de trabalhos avançados de doutoramento, em contexto empresarial e aí as oportunidades são bastante grandes. Penso que vamos ter aí bastante trabalho.”
Trabalhar na internacionalização da escola
Outro dos desejos que ficaram elencados para o futuro da ESAN é “a internacionalização da escola, mas nós temos de perceber qual é a nossa dimensão, aquilo que nós podemos fazer relativamente a esse processos. Tentaremos e continuaremos a trabalhar nessa área”, disse.
“O CENFIM de Oliveira de Azeméis e a ESAN estão intimamente ligadas às empresas, é para elas que trabalhamos. O CENFIM tem uma ótima relação com a ESAN, sempre com a intenção de partilharmos conhecimento e poder fortalecer ainda mais esta parceria, trabalhar em rede, com o objetivo único de ajudar as empresas a crescer.”
Teresa Bernardino, diretora do CENFIM de Oliveira de Azeméis
“[Fiz parte] do início, na altura ainda não era escola superior. Propus a criação de dois cursos, o curso de redes e informática e o outro curso na área de design e marroquinaria (…). [Atualmente] temos a proximidade de estar na mesma área e temos alguns projetos em comum, é mais uma opção para os nossos alunos que saem para o ensino superior.”
Ilda Ferreira, diretora do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro
“O Centro Tecnológico do Calçado sempre esteve muito envolvido em tudo o que diz respeito à formação e a tudo a que está ligado com as universidades. Há 20 anos a U. de Aveiro, contactou o CT para iniciar esta aventura (…).”
Luísa Correia, diretora do C. T. de Calçado de S. J. da Madeira
A importância da ESAN para o tecido empresarial
“Penso que só nos tem enriquecido, por tudo aquilo que para nós, como empresários, traz. E para toda a classe jovem que possa querer tirar um curso, tem aqui ao seu dispor muitas possibilidades, para um dia ser um empresário. Como sabem sempre foi um timbre da Simoldes poder ajudar, dentro do possível, tudo e a todos, para que tenhamos todos um futuro melhor. A Simoldes irá colaborar com todas as entidades neste sentido para que a juventude possa ter algumas facilidades para singrar na vida.”
Com. António da Silva Rodrigues, presidente do Grupo Simoldes, à Azeméis TV/FM
Continuar “a cooperar e a sermos um parceiro ativo importante”
Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal, em entrevista à Azeméis TV/FM comentou algumas das ambições do professor Martinho Oliveira para o próximo quadriénio.
Sobre o alargamento das instalações
“[Queremos] um campus com muita mais qualidade, competência, capacidade de atrair e fixar alunos, com melhores respostas para o tecido económico da região e mais impacto para o desenvolvimento económico e social (…). Para isso é muito importante o alargamento das instalações, estas hoje são escassas. Foi aqui dito que pelo menos mais um edifício, preferencialmente dois edifícios são absolutamente críticos para a ESAN. Esta ampliação de instalações acaba por impactar as ambições ao nível de novas licenciaturas e novos mestrados, que se prende trazer para esta escola, isso é absolutamente fundamental. (…) A câmara municipal com os parceiros, como a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte e a tutela, estamos a procurar assegurar essas respostas.”
Sobre a nova residência para estudantes
“Uma outra dimensão, de natureza mais social, é a residência universitária. Estamos a procurar criar condições para que em 2024 a obra seja iniciada, para que depois esteja concluída em 2025/26, se tudo correr bem. Portanto, digamos que temos de trabalhar em simultâneo nestas componentes. (…) Os nossos estudantes, que são a razão de ser da ESAN, precisam de ter aqui condições a nível de mobilidade e fixação e alojamento. Aquilo que nós queremos é que, além da componente da formação e pedagógica, eles se sintam felizes neste território, porque queremos que fiquem cá a produzir riqueza e a desenvolver o território.”