31 Jan 2025
Concelho Política Autárquicas 2025
Alcino Martins esclareceu na entrevista à Azeméis TV os motivos que o levam a concluir da necessidade de haver uma lista independente nas eleições autárquicas de outubro próximo
Na entrevista de ontem (30) o agora desfiliado militante do BE Alcino Martins, que representava o mesmo na Assembleia Municipal, quando estava em vias de ser decidido para encabeçar a lista à câmara municipal, como noticiou o Correio de Azeméis na sua última edição, avançou que no caminho para a entrevista na Azeméis TV/FM surgiu a ideia de que era a altura de “começar a criar um movimento independente por Oliveira de Azeméis”, para as próximas eleições.
“Eu acho que estava na altura, em vez de continuar a delegar o futuro [das pessoas] nas mãos de partidos, talvez seja a altura de começar a criar um movimento por Oliveira de Azeméis. É uma ideia que deixo, porque nesta altura os partidos parecem que têm estratégias e políticas que não estão adequadas aos tempos que estamos a atravessar, deixando fora principalmente as pessoas mais necessitadas do apoio constante do Estado”, afirmou Alcino Martins à Azeméis TV/FM.
Questionado pela Azeméis TV/FM se este ‘Movimento por Azeméis’ seria a sua candidatura às próximas eleições autárquicas, o deputado municipal referiu que não, mas que “se forem criadas condições de pessoas capazes, com caráter, com princípios em Oliveira de Azeméis, que estejam desiludidas com os partidos políticos e que estejam disponíveis para criar um movimento por Azeméis, eu estou disponível para me juntar a essas pessoas e criar essa dinâmica. Para, de uma vez por todas, resolvermos os problemas que realmente Oliveira de Azeméis tem”.
Alcino Martins critica gestão camarária
Ainda durante a entrevista na Azeméis TV/FM, Alcino Martins deixou reparos à atual autarquia, mais concretamente ao presidente da câmara, Joaquim Jorge, destacando também a “incoerência e hipocrisia” que acontece na Assembleia Municipal, com “pessoas que em 2016 defendiam uma coisa, agora estão a aprovar ou a defender completamente o contrário”.
“Em 2017 apoiei o Joaquim Jorge, [atual presidente da câmara municipal], e a seguir vi que a pessoa em causa deixou de ser um político sério, confiável e é uma pessoa que mente. Como já mentiu na Assembleia Municipal, nem uma, nem duas, mas três vezes. Ou seja, eu não gosto desse tipo de política, que afasta as pessoas mais sérias da política”, afirmou.
Argumentando estas alegações com o seguinte exemplo:
“Nós temos um Mercadona autorizado por um presidente da câmara [Joaquim Jorge] que há uns anos dizia que tinha um estudo e que era contra grandes superfícies em Oliveira de Azeméis porque ia criar um caos no trânsito. E foi ele que autorizou o Mercadona aqui, a mesma pessoa que antes era contra, agora já é a favor”, afirmou o deputado municipal, acrescentando que “temos uma cidade sem vida, só ganha vida quando é o mercado municipal, o mercado à moda antiga ou quando é noite branca. O resto está completamente às escuras”, concluindo que o atual executivo “vai continuar com promessas que vai tornar o Oliveira de Azeméis o melhor sítio para viver, mas cada vez as pessoas estão pior, transportes mais caros, mais buracos na estrada, não há habitação, e até agora não foi feito nada. Os oliveirenses têm que chegar a uma altura e têm que dizer o que é que querem fazer do concelho”.