Destaques Entrevistas - ADN Oliveirense com Helena Terra Concelho
>Ricardo Bastos no ADN Oliveirense com helena terra
Ricardo Bastos é uma pessoa dos sete ofícios, além de mentor das Corridas Solidárias e antigo presidente da Junta de Freguesia de Oliveira de Azeméis, faz parte de várias associações e até recentemente foi vereador de substituição na Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, como o mesmo disse “não tenho uma só faceta, é um conjunto de tudo e que espero que nada estrague esta obra.” Esteve presente no programa ADN Oliveirense, conduzido por Helena Terra, para contar a sua história de vida e alguns dos momentos mais marcantes até aos dias de hoje.
As eleições autárquicas de 1992
“O meu pai era do CDS-PP e fazia parte da assembleia de freguesia no mandato anterior, onde eu cheguei a ir a uma ou duas reuniões do CDS-PP, mas não me identifiquei. Então depois por influência da Fátima, a minha esposa, que na altura já fazia parte da assembleia municipal, fiz-me militante do PS. Nunca minha tinha passado pela cabeça fazer parte de uma lista candidata. Na altura Oliveira de Azeméis sempre tinha sido PSD e ninguém queria encabeçar a lista, porque à partida íamos perder, e eu não me importava com isso. A meio da campanha eu percebi que o partido que estava no poder não tinha colocado um único cartaz, estavam com muita confiança, e pensei que talvez valesse a pena investir alguma coisa. Se não me engano paguei do meu bolso dois mil contos, não havia dinheiro dos partidos. E quando ganhei foi uma surpresa. A política para mim foi uma grande escola.”
A experiência recente como vereador
“Foi uma bela experiência, embora tenha sido uma coisa quase relâmpago, quando entrei já estava a sair, mal entrei deparei-me com imensos papéis. Eu então disse aos meus colegas, tudo o que for representações em que eu possa ir, e eu vos possa aliviar, porque só quem lá não está é que não sabe como é o fim de semana dos vereadores. Naqueles quatro meses fiz 64 representações, dezenas de reuniões e era mesmo para aliviar, porque eu ia a locais que nem tinha nada que ver com os meus pelouros. Sei que o associativismo é muito e todos fazem questão que lá estejamos, nem que não digamos nada, é importante lá estar para dizer que o trabalho daquelas pessoas é imprescindível.”
A criação do Mercado à Moda Antiga
“Eu lembro-me uma vez entrarem dois jovens na junta de freguesia, cheios de vontade, eram eles Ana Nadais e Nelson Costa. Vieram ter comigo e disseram: ‘Nós temos uma ideia, é a primeira junta de freguesia com quem viemos falar, se nos disser que não isto morre por aqui’. Eu fiquei curioso e explicaram-me qual era a ideia deles e eu achei que seria uma ideia engraçada, tinha várias atividades. Então eles falaram com as restantes juntas de freguesia, para centralizar tudo aqui na cidade, mas havia o problema que não podiam receber dinheiro de outras juntas se não fossem uma associação. Então eu falei com a GRAC que aceitaram acolher esta iniciativa e foi a salvação para nascer o Mercado à Moda Antiga.”
O projeto das Corridas Solidárias
“Dentro das Corridas Solidárias já ajudamos 14 associações. Eu já pesei mais de 100kg e não corria mais de 100 metros, agora faço provas de 100kms. Uma vez já tinha tentado fazer os Caminhos de Santiago a correr, mas não tinha conseguido fazer as etapas todas. Então no dia 19 de janeiro de 2009 andava no Parque de La Salette e estava a pensar como é que ia conseguir completar aquelas etapas? Surgiu a ideia de tornar a ideia pública, arranjar uma associação e doar um euro por cada km que conseguisse fazer, quando sentisse que estava a fraquejar lembrava-me do meu compromisso. Partilhei esta ideia num blogue de corrida e muitos também quiseram aderir.”