“Não temos aproveitado Ferreira de Castro”

Ossela

A vida e obra do escritor Ferreira de Castro sempre foi a prioridade do Centro de Estudos Ferreira de Castro, constituído no dia 19 de março de 2001. Entretanto, passaram-se duas décadas desde a fundação desta instituição e, em entrevista à Azeméis FM/TV, o presidente da direção, Carlos Castro - que assume o cargo, também, desde a sua criação - falou sobre a evolução da instituição, dos desafios enfrentados durante 20 anos e o que almeja alcançar no futuro para que o nome e a marca de Ferreira de Castro não desapareçam. Marta Cabral “Duas décadas não é pouco tempo e há algumas histórias; ficam as positivas”, afirmou o presidente da direção do Centro de Estudos Ferreira de Castro, Carlos Castro, que tem ainda alguns sonhos por concretizar. “Gostava de ver o complexo de Ferreira de Castro - a Casa-Museu e a biblioteca de Ossela – e o Roteiro Literário Caminhos de Ferreira de Castro, em que o guia é o escritor”, declarou. No entanto, admitiu que este é um trabalho que precisaria de profissionais em regime de permanência, para que o complexo fosse visitado pelas escolas do distrito de Aveiro. “Há muitos anos, apresentámos este projeto à Câmara Municipal. Nunca foi avante por falta de estrutura humana”, contou. Outro dos projetos levado a cabo pelo Centro de Estudos Ferreira de Castro diz respeito ao ensino do autor, cujo responsável e docente de literatura, José Carlos Soares, tem apresentado nos agrupamentos de escolas de Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e S. João da Madeira. “Temos esperança de que a autarquia oliveirense pegue neste projeto de forma objetiva para que possa dar os seus frutos”, comentou Carlos Castro. “Podemos e devemos aproveitar Ferreira de Castro para alavancar, de forma turística e cultural, o nosso território. Não temos aproveitado Ferreira de Castro. Uma marca!”, sublinhou. Roteiro literário ‘Caminhos de Ferreira de Castro’ elaborado em 2001 Em 20 anos de história, o Centro de Estudos Ferreira de Castro já realizou e promoveu muitos eventos relacionados com o autor. Entre eles, a elaboração do roteiro literário ‘Caminhos de Ferreira de Castro’ (concretizado em 2001), entrevistas gravadas com contemporâneos de do escritor osselense, congressos, colóquios, tertúlias, jornadas literárias em Ossela (2003-2004), ‘Encontros Ferreira de Castro’ (que se realiza anualmente, desde 2013), ações dirigidas às escolas, ações de formação para docentes (desde 2002), colaboração do centenário da vida literária de Ferreira de Castro (em 2016), elaboração do Plano Estratégico Ferreira de Castro para a Câmara Municipal (2020) e o site www.ceferreiradecastro.org, criado em 2004. Centro de Estudos procura sede para acolher espólio Recentemente, a filha do escritor, Elsa Ferreira de Castro, ofereceu à instituição um espólio pessoal do pai mas, devido à inexistência de condições para o receber, ainda não foi possível acolhê-lo. “Temos um grave problema para resolver: estamos numas instalações que o Grupo Cultural e Recreativo de Ossela fez o favor de nos entregar desde 2003, mas, infelizmente, não há condições. O que temos - publicações ou espólio de Ferreira de Castro - coabita com ratos”, revelou Carlos Castro. No entanto, o presidente da direção do Centro de Estudos Ferreira de Castro tem esperança de que a autarquia colabore para que a associação possa mudar para outro local. “Só nessa altura é que teremos condições para receber o espólio pessoal que nos foi doado”, apontou.

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