Natal Quase Assintomático
Opinião
Natal deve ser Natal, sejam quais forem as condições em que o celebrarmos. Importa vivê-lo com o melhor estado de espírito, alegria e algum recolhimento interior. (Será bom que os média, nesta quadra, não nos enxameiem com questiúnculas oportunistas ou quilos do é-sempre-o-mesmo, como as vacinas que já vêm no alto mar, ou o caso do ucraniano morto nas instalações do SEF, ocorrido há meses, agora exposto a autópsia pública).
Da festa da família ao colorido das iluminações, à lufa-lufa das compras, ao aperto pela saudade das ausências, à actualização de um acto de amor, que modificou radicalmente, a nível pessoal, comunitário e colectivo, a religiosidade, a história e as culturas, o Natal acontece. E importa que aconteça e à sua luz refaçamos as nossas vidas e as cultivemos com sinal de convergência: pelo diálogo, pelo olhar, pelo afecto, pela opinião, pelo trabalho. Até pelas medidas de prevenção, experimentemos sentir o bater dos nossos corações, de forma a condimentar comportamentos e afectos, a abrirmo-nos à humanidade do(s) outro(s), sem o(s) magoarmos.
Que este Natal seja tempo para um desejo, uma prece: que Jesus, o Deus Menino de há dois mil anos, me cure de todos os vírus maléficos, me ensine a ser dom e presença, a ter silêncios de luz sem amuos, a encher vazios, a dissipar nuvens, me ensine a construir, amar e dançar de alegria e louvor. Apesar da pandemia.
Prof. Norberto Martins, Membro da equipa do programa ‘Nova Dimensão’ da Azeméis FM
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