“No dia antes do transplante estava no hospital a treinar”

Destaques Ossela Concelho

Há cerca de meio ano o Correio de Azeméis juntou-se à campanha promovida para ajudar esta jovem que sofre de leucemia há mais de seis anos e precisava de um transplante de medula óssea. Estando já em recuperação, Joana Casimiro deixou um agradecimento especial aos seus pais, irmão, ao Correio de Azeméis, aos Lions Club e a todas pessoas que doaram e/ou partilharam a causa para a ajudarem.

>Joana Casimiro tem leucemia há seis anos e já recebeu o transplante de Medula

Aos 24 anos foi diagnosticada com leucemia promialicítica aguda, atualmente tem 30 anos e depois de uma campanha massiva, ao qual o Correio de Azeméis se juntou, para encontrar um dador compatível de medula óssea, Joana Casimiro já recebeu o seu transplante e está em recuperação. O Correio de Azeméis chegou à fala com a mesma para perceber a sua evolução e como tem sido os últimos tempos.

 

O transplante com 50% de compatibilidade 
Depois de um primeiro autotransplante, foi necessário encontrar um transplante de dador compatível para a Joana. No entanto, apesar dos esforços concebidos e da campanha promovida pelo nosso jornal em julho do ano passado, não foi possível encontrar nenhum. Assim, conforme explicou Joana Casimiro, a solução foi recorrer ao seu irmão, que desde início se sabia que era compatível em 50%, mas “o objetivo sempre foi encontrar alguém com mais percentagem, não tendo sido possível, o meu médico considerou que tinha de ser feito assim”, contou. 
A 21 de novembro foi realizado o transplante e os “primeiros três meses são os mais importantes. Porque posso apanhar algum tipo de infeção, estou mais suscetível a apanhar esse tipo de coisas com as defesas em baixo”, disse.
Conforme ainda nos explicou Joana Casimiro, o facto de ser apenas 50% de compatibilidade não significa que se fosse “um dador de 100% seria eficaz. Isso é relativo e depende de pessoa para pessoa”, prosseguiu ao Correio de Azeméis.
Atualmente em casa, é acompanhada duas vezes por semana, onde faz análises ao sangue. E, de acordo com a médica, “as análises têm estado boas, aliás disse que estavam cinco estrelas [da última vez]”, contou Joana Casimiro. “Na passada segunda-feira, fiz o exame de mielograma, que se faz para detetar a doença e perceber como está a medula e o mais importante é o resultado desse exame porque vai definir se ainda existe a doença, ou, não”, estando neste momento ainda à espera dos resultados.

A preparação para o transplante 
Por existir esta incerteza daquilo que o corpo pode ou não rejeitar, Joana não se entregou simplesmente à doença, à espera de um dador compatível. Para a mesma, o sucesso do seu transplante deveu-se aos treinos físicos que realizou. “No dia antes do transplante estava no hospital a treinar”, sendo que, já o vinha a fazer ao longo dos meses e intensificou ainda mais os exercícios perto da data do transplante.
Agora em casa para ajudar a recuperação, “que tem sido positiva”, tem feito exercícios como “ioga, pilates e vou começar a fazer um bocadinho de treino de força.” “Eu não gosto muito de ficar parada e sinto-me capaz. Sinto que ajuda na recuperação, do que estar sempre na cama”, elucidou a jovem que tem sido uma inspiração para muitas pessoas na mesma situação que ela.
“As pessoas mandam-me mensagem e pergunta-me como é que eu consigo estar tão bem? Eu sei que as pessoas são todas diferentes, mas, muitas vezes, também não têm vontade. Eu também não tenho vontade todos os dias, mas, por vezes as pessoas acomodam-se muito, não deixem que isso aconteça, eu sei que não é fácil, mas é preciso fazer o esforço”, aconselhou Joana Casimiro.

O sonho de bailarina
Tal como já tínhamos dado conta na reportagem anterior do Correio de Azeméis, Joana Casimiro tem o sonho de ser uma bailarina profissional. Já com provas dadas no mundo da dança, tendo já mesmo feito parte de um elenco de um espetáculo de Filipe La Féria, a jovem confessa que não tem sido fácil “já tive de recomeçar três vezes”.
Um dos receios é ver a idade a passar e todos os seus sonhos serem sempre adiados. “Se houvesse um medicamento para tomar em casa eu tomava a vida toda, desde que me deixasse livre era o que eu queria”, afirmou com a voz embargada.
“Espero conseguir cumprir aquilo que eu sempre quis ser desde criança, que é dançar. Espero conseguir cumprir tudo aquilo que quero. Ir para fora, fazer musicais, talvez até trabalhar na Disney como bailarina, construir uma família, o céu é o limite”, prosseguiu ao nosso jornal.

O agradecimento à comunidade oliveirense
Para finalizar, a jovem Joana Casimiro deixou um agradecimento especial “aos meus pais e irmão, a vocês [Correio de Azeméis] pela divulgação, ao Lions Club de Oliveira de Azeméis que fizeram muitas campanhas para me ajudar, e a todas as pessoas que foram doar e aquelas que também não foram, mas ajudaram a partilhar. Certamente que quem doou ajudou muitas outras pessoas, porque isto não era só para mim, existem muitas pessoas a necessitar”, concluiu.

Partilhar nas redes sociais

Comente Aqui!









Últimas Notícias
Mulher roubada após levantamento em multibanco
7/02/2025
Agenda desportiva para domingo, 09 de fevereiro
7/02/2025
Agenda desportiva para sábado, 08 de fevereiro
7/02/2025
Associação Comercial volta a premiar 1000 oliveirenses
7/02/2025
Oliveirense vence e garante os 'quartos' da Liga dos Campeões
7/02/2025
Villa Cesari conquista o 6º lugar nacional
7/02/2025
NAC é vice-campeão de absolutos
6/02/2025
Próximo jogo do S. Roque, em casa, bilheteira reverte a favor de uma causa solidária
6/02/2025