No voto, defende-se a Saúde, a Segurança Social e a transparência

Opinião Política

> Vitor Januário (CDU)

Finalmente, ficamos a saber que a direita, não prevendo ter maioria absoluta, não manifesta intenção de privatizar a Segurança Social na legislatura que se iniciará com as eleições de 18 de maio. Portanto, ficamos igualmente a saber que pode perfeitamente acontecer o contrário ou tornar inevitável o caminho de entregar ao setor privado o que este muito deseja: um fundo de estabilização financeira, que é a acumulação de saldos anuais positivos da Segurança Social, cujo mais recente foi de mais de 5.500 milhões de euros. Já se tinha percebido que a intenção de pôr um conhecido consultor da  Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios a chefiar o grupo de trabalho criado para avaliar a sustentabilidade da Segurança Social só poderia ser um aviso sério quanto às intenções. Isso ficou bem visível com o truque inicial de lhe querer juntar na apreciação um sistema diferente, a CGA, para se acelerar a conclusão de intromissão do mercado de capitais e, assim, esvaziar o mealheiro de todos nós que garante sustentabilidade inquestionável ( são cerca de 40 mil milhões garantidos pelo princípio da solidariedade, que “consiste na responsabilidade coletiva das pessoas entre si na realização das finalidades do sistema e envolve o concurso do Estado no seu financiamento”, Lei 4/2007)). No passado, o governo da direita foi ao bolso aos pensionistas; no futuro, pode não impedir  pensões mínimas, mas deixará o resto para a incerteza e a ganância do mercado. Não é admissível permitirmos sequer a possibilidade de se desmantelar este indispensável fator de segurança na vida das famílias portuguesas. MERECE QUE A LUTA VÁ ATÉ AO VOTO para que a direita não só fique longe da maioria como também não mereça a confiança dos portugueses e das portuguesas para governar.
O propósito de entregar recursos públicos à mão privada em áreas essenciais já ficara evidente quando, em março, o atual governo, antes que o tempo o pudesse impedir, passou 5 hospitais para a gestão de particulares, aos quais se agregam 174 centros de saúde, enquanto ia criando razões para depreciar o SNS com a rotina de encerramentos inacreditáveis de urgências. Esta tem sido um prática política que se arrisca a dar passos mais severos com a influência da direita extrema e radical,  a qual já anuncia, nos seus programas, um Sistema que quer deixar para traz o Serviço Nacional de Saúde a fim de incluir os restantes setores. Por conseguinte, o Estado transferiria mais dinheiro de todos para se tornar também mais lucro de privados ( não seria investimento na oferta pública, obviamente). Ora, é de reforço do Serviço Nacional de Saúde, geral, universal e gratuito que precisamos para garantir a prevenção e os cuidados necessários à condição de cada um.
Os serviços públicos, nomeadamente os que garantem direitos fundamentais, precisam de investimento, em vez de negócios que abrem caminho a favorecimentos, a compadrios e à corrupção, a qual gera ( à direita) muita demagogia e bastante cinismo, mas pouca iniciativa para a evitar onde ela pode circular com alguma facilidade.
Para a CDU, a defesa do cumprimento das funções sociais do Estado merece que o voto seja um compromisso com a luta por uma vida melhor.
 
 

Vitor Januário, CDU

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