Novo ano de ilusões

Bilhete Postal

Eduardo Costa *

“Eleições? Para quê? Fica sempre tudo na mesma! Prometem tudo e não tencionam cumprir nada!” 

A conclusão do dono do modesto restaurante representa provavelmente o sentimento generalizado dos portugueses. Cansados de promessas de milagres que surgem sempre em épocas eleitorais. Inclusivamente, vai faltando a criatividade de promessas diferentes. Já não há  sequer a arte de criar esperança. Esse truque já não consta na manga. Já foi tantas vezes usado que a carta se desgastou. Agora há que recorrer à arte de iludir! 
Vejamos a última, que tem dias. Anda um partido a garantir que vai retirar da pobreza 230 mil trabalhadores até 2030. Provavelmente, outro partido virá garantir o número de 250 mil… 
A verdade é que cerca de 12 por cento dos trabalhadores são pobres. Trabalham todos os dias para não viverem na fome. Na sua e dos seus entes queridos.
Esta dura e triste realidade tem andado nas páginas dos jornais. Talvez por isso, as tais promessas de reduzir drasticamente o número de trabalhadores pobres. Uma meta que é afirmada a um mês das eleições. Coincidência… 
Estamos convencidos? Não me parece. Inclino-me para ficar mais convencido de que de pouco ou nada serve votar. 
Já nem a esperança nos vendem. Passaram a vender ilusões. 
Vamos iniciar um novo ano com eleições legislativas (a 30 de janeiro). Devíamos, por isso também, olhar para o novo ano com redobrada esperança. A maioria já não consegue… Os vendedores de ilusões matam-nos a esperança! 
Um ano cheio de renovada esperança!  


* jornalista, presidente da  Associação Nacional da Imprensa Regional
 

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