Novo Centro de Proteção Civil já foi inaugurado

Concelho

Alberto Godinho, Coordenador Municipal da Proteção Civil de Oliveira de Azeméis, atesta que o novo centro vai estar sempre “aberto” à comunidade oliveirense. Já estão programadas ações de formação e de sensibilização, sobretudo dirigidas às populações mais vulneráveis, como os mais jovens e a população sénior.

> Uma “multiplicidade de riscos” afeta o território de OAZ

A Câmara Municipal inaugurou o Centro de Proteção Civil de Oliveira de Azeméis, no passado dia 01 de março. O edifício, localizado no parque de La Salette, foi restaurado após anos de abandono, através de um investimento de cerca de 300 mil euros.

A inauguração do novo centro já tinha sido anunciada anteriormente, mas os processos de candidatura relacionados com o licenciamento e o apetrechamento do espaço provocaram atrasos. “Estas candidaturas exigem um processo de planeamento e de preparação, seguido de um processo de aprovação e de execução: são sempre processos morosos”, justificou o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, em declarações à Azeméis TV/FM.
O presidente sublinhou a importância de uma estrutura desta natureza, tendo em conta a “multiplicidade de riscos” que um território como Oliveira de Azeméis acarreta. “É um território muito extenso, com uma grande mancha florestal, uma atividade empresarial intensa, com muita densidade populacional e uma rede viária de grande dimensão. Esta multiplicidade de aspetos traz consigo um conjunto de preocupações e de riscos que temos a obrigação de estudar e antecipar”, explicou Joaquim Jorge.
O Coordenador Municipal da Proteção Civil de Oliveira de Azeméis, Alberto Godinho, vai ser o responsável pela coordenação das diferentes entidades da estrutura, com competências em diferentes áreas, nomeadamente no planeamento de emergência, na sensibilização pública e na formação. Ao Correio de Azeméis, Alberto Godinho dá conta de que, para além do coordenador, o centro é composto por um técnico superior e o gabinete técnico veterinário, constituído por uma médica veterinária e um administrativo.
O coordenador explica ainda que a inauguração deste novo centro era um dos grandes objetivos da Proteção Civil no concelho. “É um edifício que permite uma articulação muito maior entre todos os agentes de proteção civil a nível municipal e as outras entidades que têm o dever de cooperação”, sustenta. Através da promoção de ações de formação e de sensibilização, Alberto Godinho enfatiza ainda que o espaço vai estar sempre “aberto” à comunidade oliveirense. 
O Comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto, Albano Teixeira, também marcou presença na inauguração e confessou ter expectativas positivas para o funcionamento do novo centro. “O caminho faz-se caminhando: este é o primeiro passo, mas é um primeiro passo sustentado. [Vai permitir] construir e ir criando fortes sustentabilidades e conceitos para que se consigam tomar as medidas necessárias para qualquer evento que aconteça”, declarou, em entrevista à Azeméis TV/FM.
No futuro, o Centro de Proteção Civil vai também albergar os serviços de segurança da Polícia Municipal, que a autarquia pretende criar. Apesar do consenso em torno da importância do novo centro, a criação e integração da futura Polícia Municipal nesta estrutura suscitou algumas reações negativas.

 

“Olhamos para a Proteção Civil como uma infraestrutura básica. O nosso compromisso, desde 2017, foi constituir essa infraestrutura básica, capacitando e criando a comissão alargada e pondo a funcionar a comissão restrita da Proteção Civil, tendo um centro que permita agregar essa resposta e, a partir dela, galvanizar e articular melhor toda a estrutura, desde os bombeiros, a GNR, as juntas de freguesia e as associações. Toda esta estrutura faz parte da Proteção Civil municipal e é uma resposta determinante para que tenhamos um serviço que funcione todo o ano e que responda a todas as necessidades”
Bruno Aragão, PS

“É um passo importante para Oliveira de Azeméis e para os oliveirenses. No que toca à Proteção Civil concordamos com a Câmara Municipal, nomeadamente em relação ao edifício. Do Coordenador de Proteção Civil Municipal exigimos mais um bocadinho. Consideramos que está muito aquém daquilo que lhe é pedido. Agora, com o novo edifício e melhores condições, quero acreditar que alguma coisa vá melhorar. Tenho boas expectativas [para a gestão do centro], espero que não saia defraudado”
Manuel Almeida, CHEGA

“A nível da Proteção Civil devíamos fazer um esforço muito maior em Oliveira de Azeméis, porque temos uma área florestal muito grande. A aposta da Câmara Municipal já é um bocado tardia e já deveria ter acontecido, mas ainda estamos a tempo de corrigir a trajetória: as terras não podem abdicar desse instrumento de proteção. As pessoas querem sentir-se cada vez mais protegidas e que as nossas Câmaras Municipais e autarquias façam esse esforço por todos”
Constantino Tavares, CDS

“Depois daquilo que aconteceu o ano passado com os incêndios, o reforço de qualquer estrutura de Proteção Civil é importantíssimo. Será importante porque temos um território muito disperso, tanto do ponto de vista urbano como rural, e que necessita de um melhor controlo e a estrutura indicada para o fazer é a Proteção Civil. O reforço dos respetivos meios e estrutura no nosso concelho, em contacto com a região e o distrito, só terá tudo para melhorar, desde que cumpra a sua função”
Diogo Barbosa, Bloco de Esquerda

“A nossa posição é dividida em duas partes: a Proteção Civil é um tema importante e se for para haver ganhos de eficiência e concentrar recursos existentes, então, parabéns; se for para permitir a criação da Polícia Municipal somos completamente contra. A Polícia Municipal não faz falta e não vai resolver nenhum problema que exista, no fundo vai aumentar o valor dos parquímetros. A Polícia Municipal não vai fazer nada que os quartéis de GNR que existem no concelho já não façam”
Ricardo Magalhães, Iniciativa Liberal

“Acho que [o centro] é importantíssimo, porque a Proteção Civil tem que dar resposta a muitas situações da comunidade e do concelho, a começar pelos incêndios. No ano passado tivemos uma situação dramática e [todas as entidades] que estão no organismo da Proteção Civil são essenciais para a prevenção destas situações. O mais importante [agora] é que as estruturas deem resposta às [diferentes] necessidades e urgências e que tenham um funcionamento capaz e regular”
Óscar Oliveira, CDU

Pedro Marques, presidente da Comissão Política do PSD, foi contactado no âmbito deste artigo, mas não quis tecer comentários sobre o novo Centro de Proteção Civil.

 

 

 

 

 

 

 


 

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