Novos confrades no 15.º Capítulo em Fajões

S. Roque Fajões

A entronização de novos confrades foi um dos pontos altos do 15.º Capítulo da Confraria

> Confraria das Papas de S. Miguel Tradição gastronómica em Oliveira de Azeméis

A Vila de Fajões recebeu o 15.º Capítulo da Confraria das Papas de S. Miguel, numa cerimónia que juntou confrades, autarcas e convidados, marcada pela entronização de novos membros e pela valorização das tradições gastronómicas locais.

Na abertura da sessão, António Figueiredo que assegurou o protocolo do evento, destacou a missão da confraria: “A Confraria das Papas de São Miguel orgulha-se da sua terra, das suas gentes, dos seus usos e dos seus costumes e, por isso, tudo fará para preservar um património histórico, social, cultural e gastronómico onde as raízes e os sentimentos são um desígnio que a todos nos move.”
O Grão-Mestre Isidro Figueiredo reforçou o espírito do encontro, lembrando que a confraria nasceu para perpetuar um costume ligado às colheitas: “Estamos aqui para acolher os novos confrades e partilhar a nossa cultura gastronómica em torno das Papas de São Miguel.”
Já o Vice-Presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Carlos Almeida, alertou que “amar a gastronomia não pode ser apenas dizer bem das papas de São Miguel. A gastronomia tem que ser muito mais do que comer bem: é expressão das nossas memórias e um legado a transmitir às gerações futuras.”
Entre as intervenções institucionais, o Vice-Presidente da Câmara, Rui Luzes Cabral, reforçou o papel educativo: “Temos que olhar para a Confraria das Papas de São Miguel como um momento de convívio e de alerta à comunidade, para que consigamos ter orgulho nos nossos pratos mais regionais.” Entretanto o presidente da Junta de Fajões, Óscar Teixeira, afirmou: “É um orgulho para a nossa freguesia acolher este capítulo e ver valorizado o trabalho que fazemos em prol da gastronomia local.” E o presidente da Assembleia Municipal, Amaro Simões, lembrou que as confrarias são “um serviço à comunidade”, sublinhando a importância de preservar e divulgar a cultura tradicional portuguesa através da gastronomia.
Seguiu-se a entronização de novos confrades, que juraram “defender e divulgar as Papas de São Miguel enquanto símbolo tradicional da gastronomia de Oliveira de Azeméis e promover a sua divulgação”. Foram Joel Ricardo, Manuel Terra, Bruno Aragão, Aníbal Campos (confrade de honra) e Óscar Teixeira.
O encerramento coube ao Chef Lindolfo, que fez um balanço emotivo de quase 20 anos de dedicação. Recordou a fundadora D. Isabel Calejo e a genuinidade da receita: “Até ao pormenor da farinha ser de milho branco e das nabiças bravas, porque é esse rigor que garante a tradição.” E deixou um agradecimento público: “Queria enaltecer o gesto de confrades como Carlos Miguel e Pedro Lopes que, ao longo dos anos, têm mantido vivo este entusiasmo.”
O 15.º Capítulo terminou em ambiente de fraternidade, celebrando a identidade gastronómica de Oliveira de Azeméis e a missão da confraria de preservar memória, usos e costumes.
 

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