O ano do tigre

Helena Terra

Helena Terra *

Convém circunstanciar esta minha opinião. É domingo, dia de eleições legislativas, já fui votar, mas ainda não são conhecidos os resultados deste ato eleitoral e, este é um dos casos em que se aplica a frase que o futebolista João Pinto celebrizou – prognósticos só no fim do jogo!
O titulo poderia sugerir que fosse escrever sobre futebol sendo certo que se prevê, nesta matéria, que seja o ano do dragão ou do leão. Não, vou falar das necessidades do nosso futuro coletivo depois deste ato eleitoral.
Segundo a astrologia chinesa, 2022 é o ano do tigre e começa no dia 01 de fevereiro, data a partir da qual precisamos de um ano verdadeiramente novo e, por isso, diferente dos anteriores. As previsões desta pseudociência indicam que o tigre irá trazer um dinamismo fora do comum para ocorrências do âmbito global e quotidiano – convirão comigo que é disso que estamos a precisar para recuperar de mais de 2 anos de pandemia!
Seguindo os mesmos ensinamentos, o signo do tigre é marcado pela determinação e vigor de sobra para fazer o que falta, sendo que tal energia vigorosa contribuirá para que o ano seja cheio de compromissos e acontecimentos; ou seja, tudo aquilo que vai ser necessário depois do dia de hoje – compromissos, novos compromissos capazes de fazer acontecer coisas estruturais e verdadeiramente importantes.
É um ano marcado pelo elemento água e por isso se prever que será um ano marcado pela fluidez, transparência e sabedoria. Tal fluidez pode implicar um ano de muito movimento, mas com leveza, conferindo espontaneidade e clareza nos acontecimentos. Ora, suavidade e leveza, não são sinónimos de pouca intensidade porque a força empregue é a do tigre. Pois bem, nunca estivemos tão necessitados de fluidez, transparência e sabedoria!
No nosso caso, temo que não baste apenas um tigre e que precisemos de uma alcateia comprometida e organizada para atacar as necessidades do país. Além disso, sendo um animal com várias subespécies, ninguém estranharia que a alcateia tivesse membros diferentes, desde logo porque, até benfiquistas e boavisteiros têm a mesma inicial em comum!
Não sei se na viagem de Lisboa para Celorico de Basto, Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitou para reflexões sobre a astrologia chinesa, mas se o não fez, estou certa que veio com a cabeça às voltas sobre o que terá que acontecer no ano do Tigre.
E agora senhor presidente? Que compromissos se avizinham? 
Navegar à vista, com ou sem papel firmado, dando resposta a supostas questões fraturantes e fraturantesinhas não. O país precisa de mais! 
* Advogada
 

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