16 Apr 2025
LEGISLATIVAS 2025> CUCUJANENSE É CANDIDATA PELO BE
A cucujanense Sara F. Costa, de 37 anos, é um dos nomes propostos pelo Bloco de Esquerda para o círculo eleitoral de Aveiro. Após surgir em 3.º lugar nas listas de 2022 e na 6.ª posição, em 2024, a professora universitária e escritora aparece em 5.º lugar nas listas deste ano.
Depois de o partido ter conseguido eleger um deputado por Aveiro, em 2015, e dois deputados, em 2019, nas últimas duas eleições legislativas o BE registou zero deputados eleitos no distrito. Em entrevista, nos estúdios da Azeméis TV/FM, a candidata falou sobre as suas origens, a importância de valorizar o trabalho digno, a mobilidade e o imperativo de combater o centralismo lisboeta.
INÍCIO DA VIDA POLÍTICA
“Entro na política entre 2015 e 2016, porque entro no mercado de trabalho e apercebo-me de que há muitas coisas que não vão bem neste país. Olhar e criticar não é suficiente para mim, é fundamental participar também. Essa participação pode ser feita através dos partidos políticos e sempre tive uma grande identificação com o Bloco de Esquerda e tornei-me militante.”
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
“A questão da valorização do trabalho é uma das nossas bandeiras. Temos uma indústria em que se trabalha bastante por turnos e é fundamental compreendermos que estas pessoas estão mais expostas a problemas físicos e mentais. É importante valorizar o trabalho nesse sentido: o trabalhador é quem leva às costas a espinha dorsal da indústria que existe neste concelho e distrito.”
IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE
“A mobilidade é fundamental para o desenvolvimento económico da região, porque, tendo mobilidade, as pessoas têm a capacidade de ganhar dinheiro noutros locais e trazê-lo para cá. Há aqui uma questão indireta de melhoria da economia e é fundamental termos transporte público. Já tivemos, nos últimos governos, orçamentos aprovados para a requalificação da linha do Vouga e nunca passa à prática.”
COMBATER O CENTRALISMO
“Temos neste país um grande problema que é o centralismo em Lisboa: o poder jurídico, político e financeiro está concentrado na capital. Isto não pode continuar a ser desta maneira, temos que reivindicar para o resto do território e é fundamental olhar para o país como um todo, porque está aí também parte da solução para os problemas que vamos enfrentar.”
A CRISE HABITACIONAL
“A nossa principal bandeira é a habitação. Vivemos uma crise habitacional que precisa de medidas que permitam às pessoas ultrapassar este problema. É a única forma de conseguirmos passar para as outras etapas, como um desenvolvimento social que permita aumentos salariais.”