O Desafio de realizar

Destaques Helena Terra

Helena Terra *

Hoje vou escrever mais em jeito de reportagem do que em jeito de crónica, tendo “roubado” para esta, o título do livro de que falo a seguir.
No passado, sábado estive numa “casa” que me é familiar e da qual sou assídua frequentadora, entre o maís, porque o Sr. Mário, a D. Florinda, a Anabela e a Xana, além da melhor vizinhança que se pode ter, são pessoas simples e de uma amabilidade que, para mim, se tornou familiar. Falo do Café Gama. Ontem não fui para tomar café, embora tenha tomado. Não foi buscar nada que alguém lá deixou para me entregar. Não fui para comer, nem para jogar. Para mim isto seria um qualquer dia normal. Ontem, fui a um encontro de amigos(as) motivado pela apresentação de um livro da autoria de Augusto Batista, para muitos, Augusto Nelson que, além de oliveirense é, entre o maís, um fotojornalista de renome e conhecido e reconhecido mérito. Escritor com vários livros que vão do humor às histórias infantis. Um apaixonado do Tangram, de que tem vários livros publicados.  Este livro, O desafio de realizar, conta parte da história, feita de muitas histórias de Manuel Matos Barbosa.
O Matos Barbosa, assim carinhosamente tratado pelos que o conhecem é um ARTISTA PLÁSTICO de mão cheia. Criador de banda desenhada e animador cultural ilustrador é um HOMEM DO CINEMA. Realizador, organizador de festivais de cinema, jurado em inúmeros festivais. De personalidade discreta coleciona prémios sem conta obtidos, quer no nosso país, quer internacionalmente. É um Oliveirense de gema, nascido e crescido e que daqui a dias completará 89 anos. Do alto de todo este saber e experiência, que as experiências da vida lhe proporcionaram, é guardião de uma memória invejável por qualquer um, independentemente da idade. Um apaixonado confesso pela ria e Aveiro, por árvores, por terras e pelas suas pessoas é de uma afabilidade ímpar. Costumo dizer que, se e quando encontro o Matos Barbosa na rua, para ele a rua de baixo, pela manhã, o seu semblante sempre com um sorriso franco rasgado, me transmite tal paz que nada ma poderá tirar no resto do meu dia.
O seu livro fala das suas várias histórias de vida. Da terra de Oliveira de Azeméis que o viu nascer e crescer das personagens e das vidas da sua vila/cidade da segunda metade do século passado. Neste livro, há um desfilar de histórias, de figuras, de figurinhas e também alguns figurões oliveirenses.
Não pensem, atenta a data do seu nascimento, que é um reformado. É um homem permanentemente em ação, trabalho criativo, projetos para concretizar e novos desafios para abraçar.
O encontro aqui relatado foi presidido pelo António Augusto Barros, que cumpriu, no dizer dele, a função de “mestre de cerimónia”. Mais um oliveirense, mais um homem das artes, fundador d’A Escola da Noite e do Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), em Coimbra, desde 2008. Criou em 1995 o projeto de intercâmbio teatral Cena Lusófona. Iniciou a sua atividade teatral em 1975, no TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra). Escreveu teatro, encenou tantas peças que, julgo, nem ele se lembrar quantas. 
Percebem, por este pequeno resumo que na tarde do último sábado, num encontro de muitos amigos, se respirou e transpirou cultura no Café Gama.
Ah! E quanto ao livro, vale a pena ter e ler.
 

* Advogada
 

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