Em
Correio de Azeméis

20 Jun 2022

O que esperam os trabalhadores

PCP

André Costa *

Com o nível de vida sempre a aumentar, os trabalhadores não esperam dias fáceis. De facto, têm de enfrentar os combustíveis com sucessivas subidas; a alimentação com preços inflacionados; a habitação própria com as prestações à espera de valores nunca vistos; o arrendamento a tornar-se insustentável (mesmo com rendas atuais, raramente abaixo de 400€) e a energia elétrica anunciando grandes dificuldades para se cumprirem pagamentos. Com este cenário, é complicado viver com dignidade, sobretudo porque o salário mínimo nacional é maioritário, tornando-se insuficiente para fazer face às contas mensais.
Os trabalhadores têm reivindicado aumentos dignos para, pelo menos, poderem pagar as contas do dia a dia, mas parece que há quem entenda que apenas lhes resta aguentar. As entidades patronais alegam, como sempre, que “isto está muito mau”, pois estava-se a sair de uma pandemia e agora há uma guerra. No entanto,  muitas nunca tiveram tanto lucro como na altura da pandemia, com as sucessivas ajudas do governo, em resultado do lay-off, pois, mesmo com os trabalhadores em casa, apresentavam lucros elevadíssimos. Na verdade, em vez de se fazer uma pequena distribuição de ganhos pelos  trabalhadores “chão de fábrica”, que deram o melhor do seu esforço com a sua mão de obra para se poderem atingir os tais níveis de rentabilidade, fazia-se a distribuição pelos CEO e outros administradores. Agora, alegam que os preços dos combustíveis e das matérias-primas estão insuportáveis, devido ao conflito militar, dizendo não ser possível proporcionar aumentos. Contudo, estando mesmo mal, ainda conseguem investir em frotas automóveis de gama alta, tais como Mercedes, BMW, Audi, entre outras marcas. Com vida bem diferente, os trabalhadores estão com vínculos precários e com a incerteza diária, também nas empresas do nosso Concelho.
Porque é fundamental garantir uma vida digna, o PCP continuará a empenhar-se, nomeadamente na Assembleia da República, para que haja uma efetiva valorização salarial. 
*Comissão Concelhia do PCP Oliveira de Azeméis

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