O segundo
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Prevê-se que apenas 25 por cento dos eleitores irão votar no próximo domingo, dia 24. Significa que o presidente da República será representativo de apenas um quarto dos portugueses, ou numa outra análise não menos correta, representará apenas cerca de 12,5% do eleitorado que nele votaram. Poderá ser a mais baixa participação de sempre. Compreensível quando há um candidato que tem a vitória assegurada. Mais compreensível ainda com o país em confinamento obrigatório.
Com os dois maiores partidos que, de uma maneira ou de outra, apoiam Marcelo, a luta faz-se para o segundo lugar. E poderá ser assim que a eleição traga surpresas. Os segmentos de direita mais radical e da esquerda alternativa, apoiados por partidos abaixo da fasquia dos dez por cento, estão a lutar para o segundo lugar. Não fosse esta renhida disputa e a campanha eleitoral passava quase despercebida.
Mas, pode haver surpresa. Com a prevista fraca participação e com muitos eleitores a defenderem um candidato da esquerda alternativa para não ganhar a direita radical e vice versa, bem pode acontecer que os votos no atual presidente sejam em menor número que o esperado. Assistir-se-ia a uma segunda volta. Se assim fosse, o candidato que disputaria com Marcelo seria o grande vencedor. Com enorme influência na vida do partido por quem concorre.
Dentre os partidos com menor representação, destacar-se-ia um com fortes probabilidades de se tornar na terceira força partidária, com representatividade bastante para ambicionar ser governo.
Prognósticos só no fim do jogo, mas esta eleição pode, assim, ter efeitos substanciais no futuro do nosso país. Mais uma razão para votar.
* jornalista, presidente
da Associação Nacional
da Imprensa regional
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