O Grupo Desportivo de S. Roque foi um dos muitos clubes prejudicados pela pandemia em termos de receitas e atividades previstas mas, apesar de tudo, a nova obra do sintético dá força ao grupo para continuar a apostar na qualidade e na formação dos seus jovens.
Como “homens de luta” que são, nas palavras do presidente do Grupo Desportivo de S. Roque, o clube espera ultrapassar as dificuldades que pairam com os projetos que têm em mãos. Um desses projetos é a obra do sintético que estava prevista para arrancar em março mas, devido à conjuntura atual, acabou por se atrasar. Há cerca de um mês e meio, a empreitada retomou e, até ao final do ano, o clube prevê a sua conclusão.
“É um projeto que já se ouve falar há muitos anos e, seguindo o caminho que vem da direção anterior, conseguiu-se arrancar com a obra. Finalmente, parece que é o concretizar de um sonho para toda a gente”, afirmou Pedro Gonçalves, em declarações à Azeméis TV. “Temos uma população que nos tem ajudado para que isto possa acontecer. Sem eles, não conseguiríamos”, reconheceu.
É com expectativa que a direção anseia também pelo regresso à normalidade, em que a participação em eventos como o Mercado à Moda Antiga significa receitas e em que a participação do público nos jogos significa a regularização da atividade do clube. “O sintético é a grande aposta deste ano e também queremos crescer na formação, mas com cuidado para não darmos passos em falso”, acrescentou o presidente.
No ano passado, o clube acolheu 37 jovens e, este ano, serão cerca de 45. “Temos mais um escalão este ano mas, nesta altura, não é fácil fazer captações”, lamentou.
“Um dos melhores relvados do concelho”
O objetivo da colocação do sintético passa por “dar melhores condições” aos jovens e, por conseguinte, captar novos atletas. “Será um dos melhores relvados a nível concelhio e teremos também instalações de apoio com elevada qualidade. Isso será bastante chamativo para os jovens e para os encarregados de educação que terão no S. Roque essa mesma qualidade que vai permitir uma prática desportiva de excelência”, considerou o coordenador da formação, Eduardo Ramos, em declarações à Azeméis TV.
Em articulação com os pais dos jovens, a direção adiou para outubro o arranque da formação para ver como corria o regresso às aulas devido à Covid-19. “A nossa forma de trabalhar alterou-se e estamos expectantes para que esta obra acabe para que todos usufruam do sintético”, declarou Eduardo Ramos. “Estamos cá para crescer, continuar e melhorar dia após dia. Isto só demonstra a qualidade do trabalho que tem sido feito ao longo dos anos”, sublinhou.
Obra do novo sintético custa cerca de 220 mil euros
Aprovado em 2019, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis comparticipa com o limite máximo de 150 mil euros, tendo por base a candidatura apresentada pelo clube. No total, a obra está orçamentada em cerca de 220 mil euros. “Sendo uma aspiração do clube com mais de uma década, e apesar de não ser uma promessa, será uma realidade, pois foi possível unir esforços entre a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, o clube e a sociedade civil para reunir as verbas necessárias para a sua execução”, afirmou o vereador com o pelouro do Desporto da Câmara Municipal, Hélder Simões, em declarações ao Correio de Azeméis. “Neste caso em concreto, a sua localização privilegiada ao lado de um estabelecimento de ensino possibilitará, no futuro, a criação de sinergias com a comunidade educativa local”, acrescentou. Apesar de a empreitada ser da responsabilidade do clube, o autarca considerou que, “se tudo decorrer com normalidade”, as perspetivas de conclusão da obra apontam ainda para este ano.