Oliveirenses em destaque
Concelho
O Azeméis Film Festival arrancou com a exibição das novas cópias dos filmes de três cineastas oliveirenses e a inauguração da exposição ‘Anos 60/70 - O cinema de Oliveira de Azeméis’, com materiais antigos que Matos Barbosa, António Matias e Manuel Dias usaram para produzir as suas obras. No último dia do “festival dos festivais”, o filme vencedor eleito pelo júri foi ‘Eternal Winter’, do realizador Attila Szász.
“Este foi o festival dos festivais mas, sobretudo, o pontapé de saída para reintroduzirmos o cinema no concelho, uma atividade que teve muita importância no passado através do contributo importante do Cine Clube de Oliveira de Azeméis”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge. “O meu desejo é que este evento ajude a afirmar esta atividade cultural no nosso concelho e região”, concluiu.
Quando o município estava a programar o ano da Galeria Tomás Costa, onde o Azeméis Film Festival acabou por fazer a sua inauguração oficial, surgiu a ideia que o espaço recebesse uma exposição que se prendesse com o cinema. “Na altura, o tema ficou decidido e, entretanto, neste encontro do passado de Oliveira de Azeméis no cinema e do futuro que se projeta, surgiu esta homenagem a estes três oliveirenses que sempre adoraram a sétima arte”, explicou a vereadora com o pelouro da Cultura, Ana de Jesus, à Azeméis TV. “Achámos que o primeiro momento seria aqui porque o que está exposto são os materiais que eles usavam nas suas filmagens e é interessante perceber como as coisas mudaram dos anos 60/70 até à atualidade”, considerou.
Outubro foi o mês escolhido pela autarquia para trazer o passado cinematográfico oliveirense à memória da comunidade e, no espaço ‘O Cinema’, foram projetados os melhores filmes de festivais como LEFFEST, AVANCA, Doclisboa, IndieLisboa ou FANTASPORTO. “Sempre foi um dos vetores da Câmara introduzir na sua programação cultural o cinema, tudo isto numa fase conturbada, uma vez que não temos a nossa sala”, contextualizou Ana de Jesus, referindo-se ao Cineteatro Caracas. “Temos de começar a criar rotinas e arrancar com os projetos e, depois, quando tivermos a nossa sala, é só atravessar a rua”, acrescentou.
Outra das metas da iniciativa foi constituir um desafio para que as gerações jovens vejam na autarquia “uma parceira” na produção desta forma de arte. “Queremos que eles também se inspirem nos nossos cineastas oliveirenses que foram ousados na sua altura. Graças a eles, ficámos a conhecer alguma história do passado”, sublinhou a autarca, dando como exemplo a filmagem de Matos Barbosa que retrata o funeral de Ferreira de Castro.
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