Oliveirenses relatam mazelas no 'pós Covid-19'
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Dois oliveirenses, que ficaram infetados e com quem o Correio de Azeméis teve oportunidade de conversar, ainda que já tenham testado negativo, permanecem com algumas mazelas que poderão ser resultado da doença. Os sintomas são muito relativos e pouco se sabe ainda de todos os problema que a doença acarreta.
Américo Nóbrega, um oliveirense de 70 anos, ficou “logo infetado, no início, quando isto começou, em março”, disse o filho, Américo, em declarações ao Correio de Azeméis. O septuagenário sentiu “falta de ar”, esteve hospitalizado durante cerca de um mês e ventilado 15 dias, segundo o filho. “Há mazelas que ficam, a nível da cabeça ele esquece-se de coisas recentes e sente-se confuso. A nível respiratório cansa-se mais, já não faz caminhadas como antes”, explicou. Apesar de ter “recuperado bastante”, o homem ainda necessita de fisioterapia e frequenta um centro de dia, “porque não pode estar sozinho”, e das sequelas até agora identificadas não é possível saber “até que ponto vai recuperar”, segundo o seu filho.
Ana Maria, de 49 anos e natural da freguesia de Carregosa, ficou infetada em maio e descobriu-o porque, uma vez que trabalha na Santa Casa da Misericórdia, foi submetida ao teste após uma baixa médica de três meses e recebeu o resultado positivo. “Antes um mês, eu tinha ficado sem olfato e sem paladar, mas como ainda não se falava que eram sintomas da Covid eu nunca associei ao vírus”, referiu a mulher, que esteve 15 dias a cumprir quarentena e, no final dessa temporada, foi submetida de novo ao teste, tendo este sido negativo. Desde então, Ana Maria nunca mais voltou a ter esses dois sentidos. “Já fiz um tratamento, mas o meu médico disse que tem a certeza de que não vou voltar a ter”, confessou, ao referir-se ao olfato e ao paladar. A carregosense admitiu que é muito incomodativo não sentir cheiros ou sabores, mas tenta não pensar muito no assunto.
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