Oliveirenses subiram ao palco num concerto que reuniu mil músicos

Rui Pedro Melo e Elísio Campos foram dois dos mil músicos que subiram ao palco, em simultâneo, e que protagonizaram o ‘Rockin 1000’. Portugal recebeu, pela primeira vez, o evento em que mil músicos tocam alguns dos temas mais icónicos do mundo do rock e os dois oliveirenses juntaram-se a esta grande festa com o som das cordas das suas guitarras.

O concerto realizou-se no passado dia 14 de setembro, no Estádio Municipal de Leiria, e os dois oliveirenses, em entrevista à Azeméis TV/FM, descreveram o momento como “único” e “inesquecível”.

“Um momento inesquecível”. “Foi um momento inesquecível, um momento único, desde a preparação, os temas, o trabalho de casa, a prática e o ambiente que se viveu antes de entrarmos nos estádio. Nunca tinha estado assim num estádio, com tanto público e havia aquela questão de enfrentar as pessoas. Éramos mil músicos, de 24 países e havia um enorme ambiente de entreajuda e convivência”

Tocar para 22 mil pessoas. “Depois chegou o ponto em que tínhamos que enfrentar 22 mil pessoas. Até me virei para o Rui e perguntei se o estádio viria a baixo. Foi algo fenomenal que só quem lá esteve a ver e ouvir e quem participou a tocar é que tem palavras para descrever o que foi aquele ambiente e aquela loucura durante as duas horas de espetáculo”.

“Há muita qualidade em Portugal”. “Para participar temos que enviar um vídeo onde tocamos e enviar. Há muita qualidade em Portugal e já vi muita juventude a tocar muito bem e que não sabiam deste evento e que teriam, com certeza, lugar neste evento.”
Elísio Campos

Organizar mil músicos. “Tem que ser criada uma estrutura bastante complexa, mas para nós músicos é bastante fácil. Todos temos uns fones, onde ouvimos a backing track a tocar, onde temos um click para que todos entremos ao mesmo tempo, para não existir nenhuma gralha e até algumas indicações para fazermos alguma atenção em músicas mais rápidas, mais complicadas ou com mudança de tempo. Claro que isso é um guia, mas não podemos estar dependentes dele. Ou seja, temos que estar dependentes para tocarmos no tempo certo, mas não podemos estar à procura das coisas naquela hora. Aquilo requer bastante estudo”. 

“Já não tocava em público há 10 anos”. 
“Nós tivemos um pré-concerto, na sexta feira anterior, à porta fechada, exatamente igual, mas sem público, com o sistema de som e luz para ser exatamente igual ao concerto.  Houve uma música, se calhar uma das mais fáceis, com menos exigência, a dos Beatles que para mim foi a que causou mais impacto, com toda a gente no estádio, com os telemóveis, a cantar. Eu já não tocava em público há 10 anos, mas este projeto fez-me ir buscar tudo, limpar o pó e atuar”.
Rui Pedro Melo