Oposição questiona estratégia local de habitação

No último programa ‘Politicamente Correto’ os partidos debateram sobre a falta de investimento na habitação por parte do município, através do PRR. Alcino Martins, do BE, Manuel Almeida, do CHEGA, Constantino Tavares, do CDS-PP, João Costa, do PS, e José Campos, do PSD, revelaram algumas discrepâncias relativamente à proatividade por parte do executivo em resolver esta situação.

“Eu estive a fazer uma sondagem, nós aqui em Oliveira Azeméis temos T3 com rendas de mil euros. Temos T2 que a renda começa em 650 euros. Encontrei quartos com 10 metros quadrados a custar 350 euros por mês. Isto é quase a roçar o absurdo. São João da Madeira, a nível da estratégia local de habitação, vai investir 39,5 milhões de euros. Nós aqui em Oliveira de Azeméis, o acordo da Câmara Municipal com o IRU, apenas identificamos 89 habitações com um investimento de 5,6 milhões de euros.”
Alcino Martins, BE

“O PRR, se é um fundo europeu que podemos aproveitar, devíamos ter aproveitado. Não sei se foi desleixo da câmara que não concorreu a tempo, não sei se foi falta de vontade de concorrer, isto só mesmo o executivo da câmara é que pode responder O Porto, há uns anos, colocou uma série de apartamentos com um arrendamento acessível baseado no orçamento familiar,  do agregado familiar de cada inquilino. Nós temos aqui,  a Estalagem de S. Miguel que está empatada, podíamos ter aquilo  bem arranjado, reconstruído,  requalificado, para nem que fosse  alugar a 100 euros por mês  para estudantes.” 
Manuel Almeida, CHEGA

“A posição aqui é muito simples, o PRR é um instrumento que tem duração, que tem um tempo limite. Nunca pode acontecer uma câmara municipal, não estar com isso na ordem do dia. E nunca podemos perder uma oportunidade dessas porque isto é o futuro da nossa população, é a forma de nós também crescermos, e com isso termos mais valias para o concelho,  mesmo para os nossos industriais, porque o seu capital humano fica mais perto, fica mais tranquilo.” 
Constantino Tavares, CDS/PP

“O município tem dois programas de apoio. Um deles é o apoio ao arrendamento, onde o município destina mais de 100 mil euros por ano  para apoiar famílias necessitadas,  que não têm capacidade para pagar aquele valor. E o segundo apoio é o apoio às melhorias habitacionais,  que é um apoio recente criado pelo município de Oliveira de Azeméis,  porque um dos dados citados também por muitas entidades é que os portugueses não têm só falta de habitação, a habitação que têm não tem condições dignas, nomeadamente a nível de conforto térmico. Oliveira de Azeméis nos últimos anos  tem tido muita  construção de habitação,  vários  edifícios no centro da cidade,  em algumas freguesias, dou destaque a duas, Loureiro e Carregosa.” 
João Costa, PS

“Eu desafio desde logo as pessoas a procurarem, em programas eleitorais do Partido Socialista,  em 2021 e em 2017, referências à habitação.   Não há da parte do Sr. Presidente de Câmara,  a opinião de que são necessárias habitações, que são necessárias habitações a custos controlados, que são necessárias habitações sociais,  que é necessário efetivamente estimularmos  a compra de habitação por parte de jovens. A nossa estratégia local de habitação  é uma estrategiazinha. Se formos a comparar, não é só com São João da Madeira, que estamos atrasados, não é só com Ovar, que estamos atrasados, é com uma grande generalidade dos municípios.” 
José Campos, PSD