14 Mar 2022
Eduardo Costa *
“Vou dispor-me a ficar com uma criança ucraniana”. Esta jovem mulher, casada, mãe de dois filhos, de mediana qualidade de vida, quer contribuir para a causa ucraniana. “Vejo aquelas crianças a serem vítimas, feridas, mortas… E aquelas que ficam sem pais, que morrem na guerra, pobrezinhas…”
A jovem mulher confessa que “não consigo ficar sem fazer nada! Vou tomar conta de uma! Se familiares aparecerem, mais tarde, olhe, entrego-a.”
São camiões a seguir cheios de solidariedade, são listas de pessoas a disponibilizarem-se para acolher refugiados. E não são centenas, são milhares!
Temos um coração do tamanho do mundo! Pacíficos, aparentemente distraídos, mas quando é hora de olhar para os que sofrem, nem pestanejamos!
Tenho percorrido mundo e sempre constatei o carinho que os povos tem por nós, portugueses. Um país pequeno é grande se a atitude do seu povo for grande. Acredito nisto. E é o que vejo. Muitos povos de várias geografias a acharem-nos um país grande! Claro que, muito desse juízo vem dos bons exemplos de milhões de portugueses e lusodescendentes espalhadas por todos os continentes. Vejo isso a todo o lugar onde vou e onde há portugueses. São respeitados. Também porque o país é merecedor desse respeito.
Fomos exemplares na crise dos refugiados que fugiam da guerra na Síria há uns anos atrás. Somos exemplo nesta nova e grave crise.
Estamos sempre de braços abertos para receber os que necessitam que os abrace.
Há virtudes deste nosso e meu povo que me fazem orgulhoso de ser português.
* jornalista, presidente da
Associação Nacional da Imprensa Regional