Cláudio Andrade *
Por muito que isso custe a alguns, por muito que estranhem, por muito que ponha em causa os sentimentos pequeninos de quem não consegue pensar para lá das ordens e das indicações do EUA, o PCP irá continuar a dizer, vezes sem conta, que o único caminho, é o da Paz.
Por muito que alguns revelem fetiches, mais ou menos esquisitos, por tal ou tal palavra, que nos intimem, nos imponham que digamos essas palavras, nós sabemos que a única que importa, é a palavra PAZ.
O que para mim é estranho, inquietante, mas também revelador dos tempos em que estamos, que mostram bem, como nos ensinou Marx, que as ideias dominantes são, em cada momento, as ideias das classes dominantes, e que alguns não se inquietem por um presidente de uma nação, que está em guerra, fazer um discurso sobre a situação desse país sem fazer um único apelo à Paz, sem falar do cessar-fogo e do diálogo.
Pela nossa parte, apesar do pensamento único e até mesmo da palavra única que nos querem impor, e que alguns, pelos vistos, aceitam, continuaremos a gritar fortemente, Paz sim, Guerra não.
Até porque não é a justa e coerente posição do PCP que está à prova. O que, evidentemente, não funciona é a posição beligerante, agressiva e armamentista de todos os que vêem morrer inocentes nesta guerra, mas apenas pedem e oferecem mais armas, apenas requerem mais destruição, apenas sonham com mais dor, com mais sofrimento.
Paz Sim, Guerra Não, só assim conseguiremos um cessar-fogo.
* Membro da Comissão Concelhia do PCP