Pai e filha em livro poemas do Correio de Azeméis

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Homenagem póstuma a ‘António Caixeiro’ - livro ‘grande poeta é o povo’ de poesias no jornal

O Correio de Azeméis soprou as velas de mais um aniversário, já lá vão 102 anos desde o longínquo 05 de outubro de 1922. Assim, no passado 05 de outubro de 2024, viveram-se momentos de êxtase e emoção, onde mais de meia centena aplaudiu o centenário jornal e foi, ainda, agraciado, postumamente, o assinante número um do Correio de Azeméis.

Com o encerramento das comemorações do centenário do jornal Correio de Azeméis, que se realizaram na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, foram várias as surpresas ao longo da tarde. Reunindo amigos, leitores e diferentes entidades, os oliveirenses tiveram a oportunidade de comemorar esta data com pompa e circunstância. 
A cerimónia contou com momentos culturais e musicais proporcionados pela tuna feminina da ESSNorteCVP e o Coro da Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis.
 

“O meu pai tinha uma artéria [artística] e eu, se tiver, é uma veia pequenina”

Em dia festivo foi homenageado, postumamente, ‘António Caixeiro’, o grande poeta do povo, e que durante mais de 20 anos publicou a sua poesia no Correio de Azeméis, agora compilada num livro editado pelo nosso jornal.

Com a apresentação do livro ‘Grande Poeta é o Povo’, uma obra com uma coletânea de poemas de ‘António Caixeiro’ e da sua filha Helena Terra, foram vários os discursos emocionados sobre esta figura que era muito acarinhada pelo povo de Loureiro.
 

Falar do meu pai. Tarefa fácil e difícil. Falar do meu pai com o coração é muito fácil, é o primeiro amor incondicional, motivo de orgulho e admiração, farol, inspiração, emoção, cultura vasta, com especial amor pela cultura popular. Um homem meigo, cavalheiro, doce, de lágrima fácil, um daqueles homens que apesar da geração que fez parte não tinha vergonha de chorar. (…). Falar do meu pai com razão pensei que fosse difícil, mas não parece tanto assim. Um homem determinado e dos mais corajosos que conheci. Fiel aos seus valores, leal aos amigos, tenaz em todas a tarefas em que se envolvia. Profissionalmente foi a maior parte da sua vida vendedor de automóveis. (….). Culturalmente era um amante do nosso folclore, criou pelo menos um rancho folclórico que existe até hoje. Foi ensaiador de vários ranchos folclóricos. (…).  Quanto à parte artística o meu pai tinha uma artéria e eu, se tiver, é uma veia pequenina. O meu pai durante vários anos alimentou uma rubrica no Correio de Azeméis, era um grande poeta e era do povo, porque foi sempre isso que ele quis ser.”

Helena Terra, filha de ‘António Caixeiro’ 

“O meu avô era amigo do seu amigo, vendedor como ninguém. Orgulhoso dos seus, quem o conheceu sabe-o bem. Amava praticar o bem. Nasceu para escrever, a poesia tratava por tu, tutiava tudo o que fazia. Meu avô não havia como tu. Orgulho-me de ser teu neto, nasci com muito do teu afeto, omnipresente como sempre, como é bom ter-te por perto. Poeta de mão cheia, escrevia na língua de Camões, tinha talento na veia. Ó meu avô encantaste tantas multidões.”

Rui Dinis, neto e ‘António Caixeiro’

 

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