Pais da EB de Travanca foram à reunião de Câmara

Reuniões de Cãmara e Assembleia Municipal

Flávio Coelho, em primeiro plano, e Bruno Santiago fizeram ouvir as preocupações dos pais de Travanca

>  Foi a primeira sessão no novo Fórum Municipal

A primeira reunião de câmara no Fórum Municipal Casa Sequeira Monterroso ficou marcada por dois assuntos centrais: a denúncia de pais sobre a situação da Escola Básica de Travanca e a mudança das reuniões do executivo para o edifício do centro histórico de Oliveira de Azeméis.

No período aberto ao público, a comunidade escolar de Travanca deu voz a preocupações antigas. Flávio Coelho e Bruno Santiago levaram uma lista extensa de problemas que consideram “inaceitáveis em pleno século XXI”. O mais grave, alertaram, é a ausência de rede pública de abastecimento. “A única água acessível é a do poço, uma vez que desde o início do ano que a máquina de filtragem está avariada, com o filtro por substituir há mais de um ano”, denunciou, sublinhando o risco que tal representa para a saúde das crianças.
As casas de banho, “ainda de origem”, foram também apontadas como um problema sério. Segundo Flávio Coelho, já ocorreram situações em que alunos ficaram presos no interior ou foram obrigados a usar portas que não fechavam. O teto, marcado por infiltrações, e o soalho em madeira, onde já foi necessária a intervenção da Associação de Pais para reparar zonas apodrecidas, são outros exemplos do estado de degradação.
Flávio Coelho recordou ainda que muitas das necessidades têm sido supridas pela Associação de Pais: “Pedimos quatro ou cinco cadeiras e até hoje não houve resposta. Muitas vezes são os pais que compram o que falta”, disse Flávio Coelho. Já os quadros interativos, adquiridos pela Associação, acabaram por ser substituídos pela autarquia por outros equipamentos considerados menos adequados pelos professores.
Na altura, o presidente da câmara prometeu uma intervenção durante este inverno. Reconheceu a gravidade dos problemas, admitiu que gostaria de já ter avançado com esses trabalhos, mas assegurou que a escola “não está esquecida pelo atual executivo”, embora nem Joaquim Jorge nem o vereador da educação, Rui Luzes Cabral, desconhecessem a falta de mobiliário, o ‘desaparecimento’ dos quadros interativos e o problema da filtradora de água avariada.
A reunião serviu também para estrear a nova casa da democracia local. Nove meses depois da inauguração da Casa Sequeira Monterroso, as reuniões de câmara passaram finalmente a realizar-se no edifício do Fórum Municipal. O presidente da autarquia sublinhou que a transferência progressiva de serviços permitirá beneficiar funcionários e cidadãos, e valorizar o centro histórico. Mas a oposição social-democrata, pela voz do vereador José Campos, não deixou de ironizar: “Dizia-se que a culpa era da E-Redes, mas afinal a potência disponível mantém-se e iniciou-se a transferência de serviços. Estas alturas de fim de mandato são propícias a boas notícias”. O mesmo vereador questinou se abertura do Parque Urbano seria anunciada antes das eleições. Joaquim Jorge respondeu que o empreiteiro deverá pedir prorrogação de prazo, reconhecendo o atraso.
Apesar das denúncias feitas em reunião de Câmara, só mais tarde, na Assembleia Municipal, o assunto "Travanca" voltou a ser discutido em sede política. Foi Helga Correia (PSD) quem levou o caso à ordem do dia, obrigando o presidente a dar explicações. Joaquim Jorge afirmou que os quadros interativos não foram retirados pela câmara, mas sim pela direção do agrupamento, por estarem avariados, sendo substituídos por quadros brancos com projetores de alta definição. Garantiu também que não existe falta de mobiliário: na Escola de Travanca há 74 alunos e 102 cadeiras, logo mais lugares sentados do que estudantes. Relativamente à água, assegurou que o filtro da máquina foi substituído em fevereiro de 2015 e que está em condições de utilização.

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