“[Passava-me as] mãos pelo rabo”

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Nova vítima denuncia abusos do Pedro Jamba, paróquia Nog. Cravo

“Tinha 16 anos quando estes momentos aconteciam.” O Correio de Azeméis chegou à fala com mais uma das vítimas do padre Pedro Jamba, na paróquia de Nogueira do Cravo e que denunciou mais alegados comportamentos abusivos por parte do ex-pároco de Macinhata da Seixa e Ossela.

“[Passava-me as] mãos nas costas demasiado efusivos que me apanhavam a zona do rabo e que na época desvalorizei e à medida que fui crescendo fui tomando consciência de que realmente não estava certo”, assim começou por denunciar esta jovem que tem atualmente 29 anos idade, mas que na época, segundo apontou, apenas tinha 16 anos. 
À semelhança da primeira vítima que denunciou o primeiro caso de abuso, esta teve o seu primeiro contacto com Pedro Jamba na catequese e no grupo de escuteiros de Nogueira do Cravo. E nessa altura, quando se começou a aperceber de alguns comportamentos “comecei-me a afastar dele, sempre que ele estava presente eu evitava o contacto, atravessava a rua para o outro lado, acenava apenas ao longe”, revelou, mas, “eu mesmo ignorando ele fazia questão de quando me via de falar para mim, mesmo depois de já não se ser escuteira, aborda-me sempre nesse sentido para poder chamar a atenção”, apontou. 

Solidária com a vítima que veio ao Correio de Azeméis denunciar o padre  
Igualmente questionada qual a razão de nunca ter denunciado nenhum dos comportamentos, a jovem justificou nunca o ter feito “porque afastei-me e não permiti que fosse a mais.” Tendo apenas comentado em casa com os pais que também a aconselharam a afastar-se de Pedro Jamba e a passar a ignorá-lo. No entanto, “arrependo-me de não ter falado na altura, porque talvez não se teria passado o que passou”, confessou ao referir-se à primeira vítima que o Correio de Azeméis deu voz a denunciar este tipo de abusos.
A mesma revelou que a conhece e sabe que ela é “uma miúda muito sossegada e custa-me ler alguns comentários que algumas pessoas fazem, porque se olhassem por elas abaixo faziam melhor figura e também a fui defendendo”, disse revoltada, em declarações ao Correio de Azeméis.

A resposta aos comentários da primeira denúncia
“As pessoas quando não sabem devem-se cingir ao seu silêncio e quem tem telhados de vidro deve-se calar, porque eu li muitos comentários de pessoas que podiam ter feito melhor figura”, acusou a jovem, que leu os comentários da reportagem sobre a denúncia do primeiro caso de abuso.
Esta mostrou-se ainda perplexa por o maior número de comentários negativos vir de mulheres. “Uma pessoa pode ser abusada com qualquer idade, infelizmente. Ninguém está livre. Lembrem-se que são mulheres, mães, avós e pode acontecer a qualquer uma de nós. Eu enquanto mulher apontar o dedo a outra, tira-me todo o valor enquanto mulher. Isto entristece-me numa sociedade que atualmente se diz feminista”, concluiu ao Correio de Azeméis.
 

A opinião da psicóloga Catarina Gomes 
No seu artigo de "Opinião" (página 3), a psicóloga Catarina Gomes faz a análise científica do comportamento de vítimas de abusos, afirmando que "a pessoa pode ficar presa nestas emoções e ficar perdida quanto ao que fazer e, inclusive, precisar de ajuda para sair deste ciclo."

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