Paulo Martins: O oliveirense dos desafios

O maior stick do mundo
Eu costumo dizer que o responsável por a Azemad fazer sticks e que hoje tem um peso muito significativo na nossa faturação, foi a câmara municipal, porque nos convidou a fazer o stick maior do mundo para a promoção do Mundial. Criámos um know-how de como fazer, provavelmente ímpar a nível mundial e que hoje está a fazer com que sejamos o maior produtor do mundo. Uma das grandes diferenciações do nosso stick em relação à concorrência é que nós temos 17 modelos diferentes. Ou seja, nós temos a preocupação de ergonomia, peso, rigidez, inércia. São tudo parâmetros científicos que adquirimos com o apoio da Universidade do Porto.

A importância da hotelaria 
A Azemad tem três setores de negócio. Tem o material desportivo, tem o campo da hotelaria, e tem o mobiliário. O nosso core business é hotelaria e isto foi uma mudança. O meu pai iniciou a empresa a fazer produtos decorativos, que é o que a gente chamava de peças soltas. Houve uma evolução natural e as coisas deixaram-se de usar. Acontece que nos anos 90 há uma grande crise em mobiliário e deu-nos um clique. E bem dita a hora que surgiu a abertura de começar a fazer hotéis pois passamos completamente ao lado da crise. Desde essa altura até agora a hotelaria representa 60% do nosso volume de faturação.

Apoio aos clubes mais pequenos 
Nós temos uma política de que todos os clubes do distrito de Aveiro têm o nosso apoio. Só não têm aqueles que não querem. Ou aqueles que não se identificam com os nossos princípios. Todos os clubes que nos pedem, porque isso foi sempre um princípio que no tempo do meu pai ele o tinha. Apoiar os clubes mais pequenos. Porque na realidade quem precisa de ajuda são os clubes pequenos, não são os grandes.

A 3ª geração
Com a entrada da terceira geração na empresa, que é o meu filho, que está responsável pelo departamento de desporto, eu praticamente estou mais ligado à área de mobiliário, sem dúvida que tem feito um trabalho fantástico em crescimento deste setor porque implementamos outros tipos de produtos. A Azemad, neste momento, está a montar uma sapataria para fazer as botas técnicas. A fábrica já está montada há muito tempo, mas ainda não estamos a fazer, porque realmente exige muitos pormenores técnicos. É preciso adquirir know-how para o efeito. Know-how e muito investimento em investigação e sem dúvida que isso depende muito do meu filho, que está à frente desse setor que tem feito um trabalho muito interessante. Eu acho que nenhuma empresa é de sucesso se não se rodear de pessoas capazes. ós temos uma política de que todos os clubes do distrito de Aveiro têm o nosso apoio. Só não têm aqueles que não querem. Ou aqueles que não se identificam com os nossos princípios. Todos os clubes que nos pedem, porque isso foi sempre um princípio que no tempo do meu pai ele o tinha. Apoiar os clubes mais pequenos. Porque na realidade quem precisa de ajuda são os clubes pequenos, não são os grandes.

A preocupação ambiental
Temos 30 mil metros de área florestal com árvores autóctones. Tivemos esse cuidado de fazer isso, se calhar somos a única empresa na Europa a ter isso. Foi um gosto pessoal de ter isso como bandeira comercial para atingir principalmente os mercados do Norte da Europa que valorizam muito isso. Isso é uma estratégia comercial que temos principalmente para o mercado nórdico porque valorizam muito isso, mas julgo que isso vai começar a ser uma bandeira para qualquer mercado. Eu tenho mostrado aos nossos clientes que nos visitam e todos eles ficam surpreendidos por termos aquele cuidado ambiental.