18 Mar 2025
Comunistas defendem um reforço dos direitos dos trabalhadores e fazem balanço negativo do Governo de Luís Montenegro
> Militantes destacam histórico de ação política
O Partido Comunista Português (PCP) celebrou este sábado os seus 104 anos com um jantar na Casa da Gastronomia de Cesar. A Azeméis TV/FM esteve presente para descobrir mais sobre as visões futuras do partido no concelho e no país.
Em entrevista, Óscar Oliveira, membro da Comissão Concelhia do PCP, destacou a “intensa” atividade e ação política que o partido tem levado a cabo em nome da defesa dos trabalhadores e das populações. O militante comunista comentou também o atual quadro político e acredita que o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, apresentou a moção de confiança com o objetivo de apressar eleições antecipadas.
Óscar Oliveira deu conta de que o PCP de Oliveira de Azeméis está agora a preparar a sua campanha eleitoral e considerou as autárquicas uma “batalha” em que os militantes e simpatizantes do partido vão ter de trabalhar arduamente. “Em 2021, concorremos a todas as Uniões de Freguesia, a outras Assembleias de Freguesia e aos órgãos municipais. O nosso objetivo político é concorrer ao mesmo número de órgãos municipais, à Câmara Municipal, à Assembleia e a todas as uniões”, afirmou.
A militante e membro do Comité Central do PCP, Isabel Tavares, esteve presente nas celebrações e falou sobre o atual contexto político nacional. “A ideia que o PCP tem sobre a governação do Governo que acabou de cair é a de que não respondeu aos problemas do povo e do país. Respondeu aos intentos do capital, governou para o capital e deixou à margem as necessidades do povo e do país, desde a educação, à saúde e habitação, aos reformados, pensionistas e jovens”, sustentou.
Sobre as ambições do partido para um futuro próximo, Isabel Tavares sublinhou o reforço dos direitos laborais e dos salários. “[Reivindicamos] uma melhor distribuição da riqueza criada pelos trabalhadores e direitos para quem trabalha. Lamentavelmente, ao longo dos anos, as alterações feitas ao Código do Trabalho que os sucessivos governos fizeram têm sido para a retirada de direitos e não para o reforço das condições de trabalho”, concluiu.