19 Jul 2022
> “FALTA DE INVESTIMENTO” E “PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS”
O Partido Comunista Português de Oliveira de Azeméis promoveu, no dia 25 de junho, um debate focado na rede de água e saneamento do concelho, no Largo da Praça, em Carregosa. Óscar Oliveira, presidente da concelhia do partido, referiu que o debate “tem a ver com a qualidade de vida que é necessária para a população”, condição que está diretamente relacionada com “uma melhor rede de água e a sua distribuição na área do saneamento”. Luísa Tovar, engenheira civil, também participou na conversa.
“Há muita coisa que não está concluída, há muitas promessas, há muitos investimentos, há uma ETAR aqui nesta freguesia cujo objetivo era o tratamento das águas residuais, mas que não está a funcionar. Por vezes aquilo que a população enfrenta é um cheiro nauseabundo em determinadas épocas do ano (…) A verdade é que a população ainda não tem o devido tratamento das águas e o devido saneamento essencial da freguesia”.
Óscar Oliveira
“Oliveira de Azeméis tem um problema muitíssimo complicado (…) Se outros concelhos atingiram níveis muito altos de abastecimento de água e saneamento por serviço público, aqui em Oliveira de Azeméis isso não foi feito (…) Entretanto as pessoas foram resolvendo os problemas, então há uma quantidade grande de soluções particulares de abastecimento de água e de tratamento ou de pelo menos drenagem de esgotos, só que muito destas soluções podem ser de risco”.
Luísa Tovar
“Imensas pessoas não ligam à rede, embora estejam em zonas com rede, porque preferem não o fazer (…) Os serviços públicos da água e do saneamento são considerados o fator mais importante para a saúde pública (…) uma série de doenças infeciosas vem da água imprópria e principalmente da contaminação com o esgoto (…) depois temos as contaminações químicas como pesticidas e fármacos”.
Luísa Tovar
“Depois de doze anos de luta reconheceram o acesso à água e ao saneamento como um direito universal do homem (…) ‘As Nações Unidas reconhecem o direito à água limpa e segura para beber e o saneamento como o direito do homem que é essencial à plena fruição da vida e de todos os direitos do homem’, apelam os estados e organizações internacionais (…) de forma a intensificarem os esforços para prover todas as pessoas de água potável limpa, saneamento, seguros, acessíveis e baratos (…) As pessoas de Oliveira de Azeméis não fruem deste direito reconhecido universal do homem. A água pode não ser segura e o saneamento também deixa muito a desejar”.
Luísa Tovar