PEDRO NUNO SANTOS: "Quero dizer aos oliveirenses que confiem em mim"

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Entrevista exclusiva ao Correio de Azeméis.

O cabeça de lista do Partido Socialista pelo Distrito de Aveiro, natural de São João da Madeira e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, aceitou o desafio do Correio de Azeméis para responder a questões concretas sobre Oliveira de Azeméis e também sobre esta região norte do Distrito. 
Pedro Nuno Santos respondeu a todas as questões colocadas, onde relevamos os acessos à ZI de Ul/Loureiro (“uma área de acolhimento com enorme potencial”), ou a Linha do Vouga (“Integral recuperação da linha e a sua ligação, em Espinho, à Linha do Norte”)”.

Correio de Azeméis (CA):
No distrito de Aveiro, Oliveira de Azeméis, destaca-se, nomeadamente, com o contributo para a economia nacional, como exemplo de empreendedorismo, onde empresários e trabalhadores asseguram lideranças nacionais e internacionais em vários setores. O concelho sente que não é correspondido no investimento público em algumas infraestruturas e há muito prometidas. Acesso a Área de Acolhimento Empresarial de Ul/Loureiro: esta ZI tem capacidade para atrair empresas e ser uma das melhores ofertas da região: não tem acesso às autoestradas próximas. Que pode o futuro governo fazer para responder a esta necessidade tão importante para o crescimento da nossa economia e do nosso emprego? 


Pedro Nuno Santos (PNS): O futuro governo deve apoiar a autarquia oliveirense a criar um acesso direto à Área de Acolhimento Empresarial Ul/Loureiro. Como todos sabemos, esta área de acolhimento tem um enorme potencial, mas sofreu muitas vicissitudes, por errado planeamento. O acesso é, talvez, aquele que mais pesa, porque é determinante numa zona empresarial e industrial. A Câmara Municipal conseguiu resolver vários dos problemas que esta importante infraestrutura apresentava. A ligação é fundamental e devemos priorizar todos os esforços para que seja uma realidade. O impacto económico em toda a região é muito relevante, sobretudo sabendo dos esforços da autarquia para a expansão desta área de acolhimento.

 

CA: Ferrovia: uma opção assumida pelo anterior governo, sobretudo pelo titular das Infaestruturas Pedro Nuno Santos: é possível pensarmos que no curto prazo podemos ter um acesso em tempo razoável à sede da Área Metropolitana do Porto, à qual pertencemos? 


PNS: A ferrovia e o serviço de transporte público através do comboio têm sido uma prioridade da nossa governação nestes últimos anos. Neste momento, praticamente todas as linhas do país foram ou estão a ser alvo de avultados investimentos. Foi por isso importante para nós acabar definitivamente com qualquer pretensão de encerramento da linha do Vouga. Devemos recordar que o último governo PSD/CDS decretou, em Diário da República, o encerramento da linha. Foi aliás a única decisão que tomaram sobre a linha do Vouga. Nos últimos anos já fizemos requalificação a norte de Oliveira de Azeméis e está em curso a obra para sul, recuperando o serviço de passageiros há anos interrompido. Importa agora avançar, logo que possível, com a integral recuperação da linha e a sua ligação, em Espinho, à linha do Norte. A conexão entre linhas é fundamental para a ligação á Área Metropolitana. 

 

CA: Os concelhos a sul da AM do Porto, nomeadamente Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Santa Maria da Feira têm uma circulação crescente de cidadãos entre si, e não dispõe de adequadas vias de ligação entre estes. Este tema pode estar na agenda do futuro governo? 


PNS: Esta questão é já matéria de trabalho e de investimento nos últimos anos. A criação dos passes sociais que permitem, a custos muito menores, circular nos diferentes municípios da área metropolitana é muito importante. Como é também muito importante a gratuitidade até aos 23 anos. O que é preciso é intensificar a frequência das ligações e a capilaridade da rede. Induzimos nos últimos anos a procurar e temos de continuar a dar-lhe resposta. A gestão metropolitana de toda a rede tem esse objetivo. Garantir que o seu funcionamento pleno acontece o mais rápido possível é extremamente relevante. Antes encerravam-se serviços porque não havia procura e não havia procura porque se encerram os serviços. Acabar com estas lógicas e fomentar a utilização de bons transportes públicos, dando-lhe condições de conforto e frequência, é o caminho que devemos continuar. 

CA: O PS tem a confiança de expressivo número dos eleitores da região: os deputados eleitos têm sabido responder na defesa dos anseios dos seus cidadãos, conseguindo que estes sintam que o seu relevante contributo para o desenvolvimento do país é correspondido em investimentos públicos que permitam o seu desenvolvimento?


PNS: Os deputados do Partido Socialista acompanham com muita proximidade os desafios do distrito inteiro. Não só sinalizam os problemas que importam resolver, como estabelecem uma ligação entre o território e as instituições nacionais. São, muitas vezes, os primeiros a sinalizar as questões a que importa responder e têm, com os autarcas dos municípios e das freguesias, uma relação de trabalho frequente. O contacto permanente, de base diária, e as permanentes deslocações no distrito, permitem a todos os deputados um conhecimento muito profundo do território e, sobretudo, a visibilidade e a pressão que, junto dos órgãos de governo, importa fazer.
 
CA: Conhecendo privilegiadamente estes concelhos a sul da AM do Porto e a norte do distrito de Aveiro, o que gostaria de ver concretizado para a qualidade de vida dos seus cidadãos?


PNS: Num distrito fortemente industrializado, importa continuar a valorizar os salários, de forma a atingir pelo menos 1000 euros de Salário Mínimo. Criar todas as condições económicos para que o acordo de rendimentos possa ocorrer como o previsto e o salário médio possa atingir os 1725 euros já em 2026. Propor, em concertação social, a semana de trabalho de 37,5 horas para pais com filhos até aos três anos, permitindo uma melhor conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, reforçando também as vagas nas creches gratuitas e assegurando o pré-escolar na sua totalidade.  É também importante que os serviços públicos, sobretudo o Serviço Nacional de Saúde, recebam os investimentos necessários para que possam responder a todas as pessoas, sobretudo aos mais idosos, garantindo todo o apoio, mas um apoio que posso ocorrer também no seu domicílio. Rendimentos e serviços públicos de qualidade são as metas que devemos perseguir. 

 

CA: Que apelo deixa aos oliveirenses para que acreditem e votem nos deputados do PS por Aveiro? 

PNS: Quero dizer a todos os oliveirenses que confiem em mim, que confiem em nós. Apesar da pandemia e da maior crise de inflação desde a década de 70, conseguimos reforçar rendimentos, aumentar o emprego, diminuir a pobreza, aumentar o número de alunos no ensino superior, diminuir o abandono escolar. Conseguimos mais crescimento económico, menos dívida, aumentar as pensões, reforçar a Segurança Social. Este trabalho foi interrompido, mas temos que o continuar ainda com mais força e mais energia. Investindo ainda mais no Serviço Nacional de Saúde, para que não haja nenhuma dúvida de que a resposta pública é a melhor resposta. Investindo mais na Escola Pública, a grande responsável pela geração mais qualificada de sempre. Confiei em mim, confiem em nós. 

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